Acções europeias com pior sessão desde Junho em dia de razia nos mercados

O índice de referência para a Europa desceu para mínimos de Abril, num dia em que as principais praças desvalorizaram mais de 1,5%. O petróleo ajudou às perdas, com um recuo de 2%.
Foto Bloomberg mercados bolsas
Miguel Baltazar
Rita Faria 10 de Outubro de 2018 às 17:24

Os mercados em números

PSI-20 caiu 2,19% para os 5.035,86 pontos

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Stoxx 600 desceu 1,61% para os 366,93 pontos

S&P500 recua 1,47% para 2.837,98 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,2 pontos para 1,963%

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Euro sobe 0,44% para 1,1541 dólares

Petróleo em Londres desvaloriza 1,96% para 83,33 dólares por barril

 

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Bolsas europeias descem para mínimos de Abril

As bolsas europeias registaram fortes perdas esta quarta-feira, 10 de Outubro, arrastadas pela descida do petróleo nos mercados internacionais, pelos receios em torno da guerra comercial e pela subida dos juros nos Estados Unidos, que ameaçam os lucros das cotadas.

 

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O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, caiu 1,61% para os 366,93 pontos, o valor mais baixo desde 4 de Abril, penalizado sobretudo pelas tecnológicas e pelas empresas ligadas às matérias-primas. A queda desta quarta-feira também foi a mais acentuada desde o dia 25 de Junho.

 

A turbulência nas acções também se estende aos Estados Unidos, onde o S&P500 está a perder terreno pela quinta sessão consecutiva, o que representa a mais longa série de perdas desde Novembro de 2016, mês em que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos.

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Na Europa, as maiores descidas foram protagonizadas pelo português PSI-20, pelo alemão DAX e pelo francês CAC40, todos com descidas superiores a 2%. O PSI-20 deslizou 2,19% para os 5.035,86 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas do sector do papel. A Altri caiu 10,83% para 7,82 euros, a Navigator perdeu 7,14% para 3,90 euros e a Semapa desceu 4,63% para 16,06 euros.

 

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Portugal contraria tendência e vê juros descer  

Os juros da dívida portuguesa registaram uma descida ligeira esta quarta-feira, contrariando a tendência da generalidade dos países do euro. A yield associada às obrigações a dez anos – que esta semana voltou a superar os 2% - desceu 1,2 pontos para 1,963%. Em Espanha, os juros a dez anos subiram 1,3 pontos para 1,613%, na Alemanha avançaram 0,4 pontos para 0,552% e em Itália subiram 3,0 pontos para 3,506%, numa altura em que persistem os receios em torno do plano orçamental do governo de coligação e da sua confrontação com Bruxelas.

 

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Nos Estados Unidos, também prossegue o agravamento dos juros da dívida, que estão a ser impulsionados esta quarta-feira pelos dados que mostram que os preços na produção aumentaram em Setembro, o que mostra que as pressões inflacionistas não dão sinais de abrandamento. Nesta altura, a yield a dez anos sobe 1,0 ponto para 3,217%.

 

Euribor mantêm-se a três, seis e 12 meses

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As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis e 12 meses, e subiram a nove meses em relação a terça-feira. No prazo a três meses, a taxa manteve-se hoje pela sétima sessão consecutiva em -0,318%, enquanto no prazo a seis meses - o mais utilizado em Portugal nos créditos à habitação – fixou-se novamente em 0,268%. A nove meses, a Euribor subiu 0,001 pontos para -0,206%, contra o actual mínimo de sempre de -0,224%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em Fevereiro de 2015, manteve-se nos -0,156%.

 

Euro sobe com esperança de acordo sobre o Brexit

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A moeda única europeia está a valorizar face ao dólar pela primeira vez em três sessões, animada pelas declarações de Michel Barnier, que admitiu que um acordo sobre o Brexit na próxima semana "está ao alcance".

 

O euro ganha 0,44% para 1,1541 dólares, ao passo que o índice que mede o desempenho da nota verde face às principais congéneres está a deslizar 0,25%, seguindo em queda pela segunda sessão consecutiva.

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Petróleo em queda penalizado pela tempestade Michael

O petróleo está a descer mais de 1,5% nos mercados internacionais, penalizado pelos receios de que o furacão Michael, que assola a Florida e a Costa Este dos Estados Unidos penalize a procura por combustíveis.

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Segundo a Mizuho Securities, o furacão – que deverá ser o mais forte a atingir os Estados Unidos nos últimos 14 anos – deverá levar a procura por combustíveis a diminuir em cerca de 1 milhão de barris por dia.

 

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Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 2,27% para 73,26 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, desvaloriza 1,96% para 83,33 dólares.

 

Ouro e prata em queda

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O ouro e a prata estão a perder terreno esta quarta-feira, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter voltado a criticar a política monetária da Reserva Federal norte-americana, dizendo que não gosta de juros altos.

 

O metal amarelo desliza 0,01% para 1.189,64 dólares enquanto a prata cai 0,57% para 14,3031 dólares.

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