Europa fecha sem rumo definido
Petróleo em alta à boleia de tensões no Médio Oriente
Ouro em queda, mas caminha para terceira semana de ganhos
Dólar inalterado. Nervosismo em torno das eleições no Japão pressiona iene
Juros agravam-se ligeiramente na Zona Euro
Resultados abaixo do esperado pressionam Europa
Euribor cai para novos mínimos a três, a seis e a 12 meses
Wall Street negoceia no verde à boleia de ganhos das tecnológicas
Dólar valoriza e iene cede com aproximação de eleições no Japão
Ouro avança depois de retiradas de mais-valias esta manhã
Preços do petróleo caminham para ganho semanal
Juros das dívidas soberanas europeias registaram agravamentos. No Reino unido aliviaram
Europa fecha sem rumo definido com investidores atentos a eleições nos EUA e orçamento britânico
- Futuros da Europa aponta para queda ligeira. Japão no vermelho antes das eleições
- Petróleo em alta à boleia de tensões no Médio Oriente
- Ouro em queda, mas caminha para terceira semana de ganhos
- Dólar inalterado. Nervosismo em torno das eleições no Japão pressiona iene
- Juros agravam-se ligeiramente na Zona Euro
- Resultados abaixo do esperado pressionam Europa
- Euribor cai para novos mínimos a três, a seis e a 12 meses
- Wall Street negoceia no verde à boleia de ganhos das tecnológicas
- Dólar valoriza e iene cede com aproximação de eleições no Japão
- Ouro avança depois de retiradas de mais-valias esta manhã
- Preços do petróleo caminham para ganho semanal
- Juros das dívidas soberanas europeias registaram agravamentos. No Reino unido aliviaram
- Europa fecha sem rumo definido com investidores atentos a eleições nos EUA e orçamento britânico
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura ligeiramente em queda, numa semana morna em que os investidores se têm centrado na época de resultados referentes ao terceiro trimestre.
O mercado está também atento ao futuro da política monetária dos dois lados do Atlântico, depois de novos dados relativos à atividade empresarial do bloco europeu terem refletido uma estagnação, devido a menor procura interna e externa.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cede 0,12%.
Na Ásia, a sessão foi mista, com os principais índices da região a caminho da quarta semanas consecutiva de perdas.
Os índices japoneses desvalorizaram, com a crescente especulação de que a coligação que está atualmente no governo possa perder a maioria nas eleições deste fim de semana.
Os ganhos nas bolsas chinesas e em Taiwan acabaram por compensar as quedas no Japão. Os "traders" seguem atentos às medidas de estímulo implementadas por Pequim com o objetivo de renovar o dinamismo da economia.
A falta de detalhes ou um pacote de medidas de estímulo económico de menor dimensão do que o esperado poderá desacelerar o atual momento positivo nas ações chinesas, comentou à Bloomberg May Yan, analista da UBS Global Asset Management. "Mas com mais detalhes das políticas em si, o 'rally' pode continuar no próximo ano", acrescentou.
No Japão, o Nikkei cai 0,6% e o Topix desvaloriza 0,65%. Na Coreia do Sul, o Kospi soma 0,13%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, avança 0,62% e o Shanghai Composite sobe 0,55%.
Os preços do petróleo estão a valorizar ligeiramente, após duas sessões consecutivas em queda, numa altura em que os investidores continuam a centrar-se nos desenvolvimentos geopolíticos no Médio Oriente e as perspetivas de fornecimento desta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 0,21% para os 70,34 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,24% para os 74,56 dólares por barril. Os dois "benchmarks" caminham para um ganho de 1% na semana.
O mercado centra-se agora no encontro entre negociadores do Hamas e de Israel que se vão reunir numa nova tentativa de alcançar um cessar-fogo e o fim do conflito em Gaza. Ao mesmo tempo, a possibilidade de uma retaliação de Israel face aos ataques do Irão ainda está em cima da mesa.
"Continuamos a pensar que o preço certo para o petróleo é de cerca de 70 dólares, onde está atualmente, enquanto aguardamos novos catalisadores, incluindo o resultado de uma reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, bem como a resposta de Israel ao ataque com mísseis do Irão a 1 de outubro", referiu à Reuters o analista da IG Tony Sycamore.
O ouro está a negociar ligeiramente em queda, mas a caminho de um saldo semanal positivo, numa semana em que a procura por ativos-refúgio levou os investidores ao metal precioso. A centrar atenções está também o paládio que segue a caminho da melhor semana em cerca de um mês.
O ouro recua 0,17% para 2.731,43 dólares por onça, enquanto o paládio cede 1,99% para 1.137,06 dólares por onça, depois de ontem ter atingido máximos do ano ao escalar mais de 9%.
Os investidores preparam-se para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, com as sondagens a mostrarem que o vencedor não é claro. "Estas eleições são mais dinâmicas e mais imprevisíveis do que as anteriores. Tal volatilidade cria um interesse adicional no ouro", disse à Reuters a CEO da Mind Money Julia Khandoshko.
"Nos próximos três meses, o ouro pode chegar aos 2.800 dólares por onça, e de uma perspetiva anual, poderá ultrapassar a fasquia psicológica dos 3.000 dólares por onça", acrescentou.
O dólar está a negociar sem tendência definida esta sexta-feira, depois de ter assinalado a maior queda em um mês contra as principais divisas rivais na quinta-feira, acompanhando um alívio nas "yields" da dívida norte-americana de máximos de três meses.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda em relação às suas principais divisas concorrentes – soma 0,01% para 104,072 dólares. A "nota verde" cede 0,06% para 0,923 euros e soma 0,13% para 152,03 ienes.
O iene segue a caminho da quarta semana de perdas, antes das eleições que se realizam este fim de semana no Japão, com as sondagens a mostrarem que o atual partido do governo poderá perder a maioria. Este cenário complicaria o trabalho de normalização da política monetária do Banco do Japão.
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se muito ligeiramente esta sexta-feira, com os investidores centrados na divulgação do inquérito sobre as expectativas da inflação pelos consumidores.
Ainda a centrar atenções estão comentários do governador da Bélgica, Pierre Wunsch, que afirmou que é muito cedo para começar a considerar um corte de 50 pontos base em dezembro. Wunsch diz que apesar da Zona Euro apresentar sinais de fraqueza, é ainda importante analisar os próximos dados de inflação e indicadores económicos para tecer conclusões.
Já após o fecho da sessão o destaque vai para uma avaliação do rating de França pela Moody's, numa altura em que o elevado défice e dívida do país têm gerado preocupações junto dos investidores. Já a DBRS vai pronunciar-se sobre Itália.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 1,4 pontos base para 2,695%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cresce 0,8 pontos base para 2,962%. A "yield" das obrigações soberanas italianas aumenta 0,7 pontos para 3,478%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agrava-se em 0,6 pontos base, para 2,270%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 0,8 pontos base, para 2,996%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, alivia 1,9 pontos base para 4,216%.
Os principais índices europeus estão a negociar em baixa esta sexta-feira, pressionados por resultados abaixo do esperado, ao mesmo tempo que os investidores avaliam várias eventos de risco, como o orçamento no Reino Unido e as eleições nos Estados Unidos.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,33% para 517,25 pontos, com o setor automóvel e das "utilities" (água, luz, gás) a registarem as maiores quedas, em torno de 0,5%. O "benchmark" europeu está assim a caminho da primeira semana de quedas em três, numa altura em que a negociação tem sido marcada pela época de resultados, pela trajetória de corte de juros e as eleições nos Estados Unidos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Mercedes-Benz cai quase 2%, depois de os resultados do terceiro trimestre terem ficado abaixo do esperado. Ainda no setor automóvel, a Valeo perde 11%, depois de a fabricante de componentes ter revisto as perspetivas de resultados para o acumulado do ano em baixa.
No setor das bebidas, a Remy Contreau cai 0,67%, depois de, na abertura, ter chegado a desvalorizar 3%, após ter reduzido as estimativas de vendas para 2024, citando menor procura no terceiro trimestre.
Pela positiva a Sanofi ganha mais de 1%, após ter divulgado um aumento dos lucros acima do esperado, devido a maior procura por vacinas sazonais.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,2%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,32%, o italiano FTSEMIB recua 0,06%, o britânico FTSE 100 perde 21% e o espanhol IBEX 35 cai 0,24%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,3%.
Em Lisboa, o PSI contraria a tendência e sobe 0,29%, após seis sessões consecutivas em queda.
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde abril e janeiro de 2023 e outubro de 2022, mas manteve-se acima de 3% no prazo mais curto.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 3,059%, continuou acima da taxa a seis meses (2,894%) e da taxa a 12 meses (2,565%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 2,894%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 19 de janeiro de 2023.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou hoje, para 2,565%, menos 0,049 pontos do que na quinta-feira e um novo mínimo desde 07 de outubro de 2022.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 3,059%, menos 0,013 pontos e um mínimo desde 05 de abril de 2023.
A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).
Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Wall Street arranca a última sessão da semana em terreno positivo. Durante o dia de hoje, os investidores continuarão a analisar a saúde das empresas norte-americanas à medida que continua a época de apresentação de resultados trimestrais. Enquanto se aproximam as eleições presidenciais nos EUA, as apostas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana irá assumir um ritmo de flexibilização monetária mais lento continuam.
O S&P 500 avança 0,68% para os 5.849,18 pontos, enquanto o Nasdaq Composite sobe 1,02% para 18.603,74 pontos. Já o Dow Jones ganha 0,38% para 42.535,29 pontos.
Os três principais índices parecem, no entanto, destinados a quebrar a sua série de seis semanas de ganhos, com os índices a serem pressionados pela rápida subida das "yields", enquanto uma perspetiva económica saudável - para o qual contribuiu a descida inesperada dos pedidos de subsídio de desemprego no país na semana passada - aumenta as apostas numa redução menos agressiva das taxas diretoras.
"O movimento ascendente das "yields" abrandou, permitindo que o mercado acionista recupere o fôlego e se concentre nos lucros das empresas, que, de um modo geral, têm sido bastante bons", disse à Reuters Ross Mayfield, estratega de investimentos da Baird.
A Tesla arrancou quarta-feira com a apresentação de resultados trimestrais das tecnológicas. A empresa liderada por Elon Musk fechou a sessão de ontem a valorizar mais de 20%, a maior subida em mais de uma década. A produtora de veículos elétricos registou lucros de 2,5 mil milhões de dólares, superando a expectativa dos analistas.
A próxima semana - reta final antes das eleições presidenciais de 5 de novembro nos EUA - promete ser crucial para Wall Street, já que são conhecidos os resultados trimestrais de grandes empresas tecnológicas, incluindo a Alphabet, a Apple e a Microsoft, mas também serão revelados importantes dados económicos que servirão para analisar a saúde da maior economia mundial.
Entre os movimentos de mercado, a Capri Holdings, empresa fundada pelo designer Michael Kors e ligada ao setor do vestuário, cai mais de 45% depois de um juiz dos EUA ter bloqueado uma fusão pendente entre a empresa e a fabricante de bolsas Tapestry. As ações da Tapestry sobem 12,98%.
Por outro lado, a Western Digital – fabricante de discos rígidos norte-americana - valoriza 8,62%, depois de a empresa ter superado as estimativas de lucros trimestrais esta quinta-feira.
Entre as "big tech", a Amazon sobe 1,41%, a Nvidia cresce 1,33%, a Microsoft ganha 1,21%, a Meta valoriza 1,15%, a Alphabet pula 0,86% e a Apple avança 0,40%.
O dólar está a caminho de registar o quarto ganho semanal esta sexta-feira, com o iene perto de mínimos de três meses, antes das eleições japonesas deste fim de semana, que podem complicar os planos do Banco do Japão (BOJ) para normalizar as taxas diretoras.
O dólar avança 0,11% para os 152 ienes.
A nota verde mantém-se estável, apoiada nas expectativas de um ritmo de flexibilização monetária mais lento por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana nos próximos meses e pelas crescentes apostas de um possível regresso de Donald Trump à Casa Branca.
O Índice de dólar da Bloomberg, que mede a força da moeda contra as principais divisas rivais, mantém-se praticamente inalterado e cai 0,02% para 104,037 pontos.
Por cá, o euro segue a valorizar 0,04% para os 1,083 dólares. Também a libra ganha terreno e sobe 0,12%, para os 1,299 dólares.
Depois de se ter registado um forte movimento de venda no ouro, com vista à retirada de mais-valias, o metal amarelo voltou a subir para perto de máximos históricos e regista agora ganhos modestos.
O ouro segue a valorizar 0,09%, para os 2.738,550 dólares por onça.
Com o aproximar das eleições norte-americanas, Kamala Harris e Donald Trump continuam num impasse, já que nenhum dos candidatos apresenta uma clara vantagem nas intenções de voto, de acordo com recentes sondagens citadas pela Reuters. A par disto, os "traders" continuam atentos aos dados económicos e financeiros dos EUA, mas também ao panorama geopolítico.
O ouro já subiu cerca 32% até agora este ano. De acordo com dados do LSEG Workspace, este será o maior crescimento anual do metal amarelo desde 1979 - caso os preços se mantiverem próximos destes níveis.
Os preços do petróleo continuam a subir e estão agora a caminho de um ganho semanal, com os últimos dias a serem marcados pela volatilidade nos preços da matéria-prima. Os "traders" mantêm-se atentos aos desenvolvimentos no Médio Oriente, antes de uma retomada das negociações de cessar-fogo nos próximos dias.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 1,40% para os 71,17 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,34% para os 75,38 dólares por barril.
Ambos os índices de referência registaram flutuações esta semana, em grande parte devido à incerteza vivida no Médio Oriente. "A incerteza torna os investidores compreensivelmente e justificadamente pragmáticos", disse o analista da PVM, John Evans, à Reuters. "Os receios de interrupções no fornecimento diminuíram, mas (...) não desapareceram", acrescentou.
Os investidores continuam a aguardar a resposta de Israel ao ataque iraniano do passado dia 1 de outubro. Num primeiro momento, era esperado que a resposta de Israel pudesse envolver ataques às infraestruturas petrolíferas de Teerão, no entanto, aponta-se agora para um possível ataque a alvos militares por parte do país liderado por Benjamin Netanyahu.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse esta quinta-feira que os EUA não querem uma campanha prolongada de Israel no Líbano, enquanto França apelou a um maior foco na diplomacia e a um cessar-fogo.
Quanto à China, os "traders" também estão à procura de mais clareza sobre as políticas de estímulo económico de Pequim, embora os analistas não esperem que estas medidas proporcionem um grande impulso à procura de petróleo no país.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, num dia marcado pela falta de rumo entre os principais índices da Europa ocidental.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 4,1 pontos base, para 2,722%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 3,9 pontos, para 2,993%. Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu em 5,6 pontos base, para 3,043%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 2,5 pontos, para 2,290%. Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 0,4 pontos base para 4,231%.
Os principais índices europeus fecharam a semana em terreno misto e a registar poucas alterações. Com os resultados pouco animadores de grandes empresas como a Mercedes-Benz a afetarem o sentimento dos investidores, a atenção mantém-se nos múltiplos riscos que se avizinham, como por exemplo as eleições norte-americanas e a apresentação do orçamento de outono no Reino Unido, o primeiro do Governo liderado por Keir Starmer.
O Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – deslizou 0,03%, para os 518,81 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 0,11%, o italiano FTSEMIB avançou 0,22% e o holandês AEX ganhou 0,33%. Já o britânico FTSE 100 cedeu 0,25%, o espanhol IBEX 35 registou perdas de 0,23% e o francês CAC-40 manteve-se praticamente inalterado ao cair 0,08%.
Os índices do Velho Continente estão a cair ligeiramente este mês, com os "traders" a manterem-se cautelosos face aos riscos que se aproximam. Os setores mais expostos à economia chinesa, tais como o de luxo e o dos mineirais, têm sofrido uma pressão adicional, enquanto os investidores avaliam as perspetivas das medidas de estímulo económico de Pequim.
O orçamento de outono do Reino Unido, previsto para ser apresentado a 30 de outubro, será um dos mais atentamente seguidos nos últimos anos. Com o novo governo trabalhista a enfrentar desafios económicos significativos, o primeiro-ministro Keir Starmer e a chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, indicaram que se avizinham medidas duras, abrindo as portas a um período de maior austeridade no país.
Quanto aos setores, o turismo foi o que mais desvalorizou, ao perder 1,52%, seguido do setor dos seguros, que recuou 0,75%. Por outro lado, o das matérias-primas avançou 1,80% e o do petróleo e gás ganhou 1%.
Entre os movimentos de mercado, a Electrolux AB afundou mais de 14% depois de os resultados da fabricante sueca de eletrodomésticos terem sido dececionantes devido ao fraco desempenho no mercado norte-americano.
Do lado positivo, as ações da Sanofi subiram 2,54% após os lucros da farmacêutica terem sido impulsionados pela procura de vacinas sazonais.
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