Stoxx 600 tem melhor sessão em quase um mês. Setor automóvel acelera
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
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Stoxx 600 tem melhor sessão em quase um mês. Setor automóvel acelera
As bolsas europeias fecharam a melhor sessão desde 27 de junho, com o mercado animado com o acordo entre o Japão e os EUA, que deu esperanças aos investidores de que um acordo com a União Europeia poderá ser fechado em breve.
Aliás, na hora de fecho das bolsas, o Financial Times avançou que Bruxelas e Washington estarão cada vez mais perto de "tréguas", que implicam uma tarifa de 15% sobre os produtos importados do bloco dos 27 - semelhante ao acordo com os nipónicos, país ao qual será aplicada a mesma taxa.
Bruxelas poderá concordar com as chamadas tarifas recíprocas de forma a evitar ameaça de Donald Trump de impor taxas de 30% a 1 de agosto, de acordo com três fontes citadas pelo jornal britânico.
Os acordos vão desanuviar as tensões criadas por Trump em abril, quando o Presidente dos EUA anunciou as tarifas recíprocas. Com menos incerteza, os investidores correram para a compra de ações, um ativo de risco.
Neste contexto, o S&P 500 saltou 1,08% para 550,22, a melhor sessão em mais de três semanas. A impulsionar o "benchmark" para as ações europeias esteve sobretudo o setor automóvel, que saltou 3,8%. "Faz sentido que as ações ligadas a automóveis europeus recuperem: foram fortemente vendidas a descoberto e o acordo entre os EUA e o Japão pode servir de modelo para a União Europeia", afirmou David Kruk, da La Financière de l'Echiquier, à Bloomberg.
A travar maiores ganhos esteve o setor das "utilities", que cedeu 2,44%, e o das tecnológicas, que perdeu mais de 1%, por contágio do setor norte-americano, que acarreta hoje com a queda de 12% da Texas Instruments.
A SAP caiu 4,1% depois de, na "conference call" após a apresentação de lucros, ter afirmado que os ciclos de vendas em setores como a industria estão a tornar-se mais longos, devido às incertezas em torno das tarifas. A empresa apresentou na terça-feira resultados: receitas trimestrais de mais de 9 mil milhões de euros que ficaram um pouco abaixo das expectativas dos analistas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganhou 0,83%, o italiano FTSEMIB avançou 1,33%, o francês CAC-40 somou 1,37%, o britânico FTSE 100 valorizou 0,42%, o neerlandês AEX registou ganhos de 0,77% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,19%. Só o português PSI perdeu 0,37%.
Entre outros movimentos empresariais a UniCredit subiu 3,6% depois de ter aumentado as suas perspetivas para o lucro anual e as remunerações aos acionistas - isto depois de também ontem ter desistido da oferta pelo rival italiano BPM.
Os analistas consultados pela Bloomberg dizem que, para já, os lucros das empresas europeias têm estado em linha com as expectativas e que ainda não se vê um impacto real das tarifas nas contas. "É mais ruído do que outra coisa", disse Christophe Boucher, diretor de investimentos da ABN Amro IS.
Juros da Zona Euro sobem antes de BCE e acordo
Os juros da dívida soberana da Zona Euro voltaram a agravar-se esta quarta-feira, num dia que ficou marcado pela venda das obrigações e pela procura de ações, com as bolsas europeias a terminarem a sessão no verde - o melhor dia em três semanas.
Os EUA e a União Europeia parecem estar perto de fechar um acordo comercial que define tarifas de 15% para o produtos importados do Velho Continente. A notícia do Financial Times surgiu já em cima do fecho da sessão, portanto os investidores irão estar amanhã a reagir.
Esta quarta-feira a venda de obrigações surgiu depois do alívio de tensões e incerteza com a assinatura do acordo comercial entre os EUA e o Japão.
Para além do foco nos acordos, o mercado estará atento a mais uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu, em que os governadores não deverão alterar as taxas de juros. Os investidores vão antes procurar mais pistas sobre os próximos passos do banco central.
Neste contexto, os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 1,5 pontos-base, para 3,048%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 2,5 pontos, para 3,225%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 3,6 pontos-base para 3,298%. Já os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, cresceram 4,9 pontos para 2,636%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e avançaram 6,5 pontos-base para 4,632%.
Petróleo em queda à espera de acordos com UE e China
Os preços do crude estão a perder terreno esta tarde, pela quarta sessão consecutiva, com a falta de acordos comerciais dos EUA com a China e a União Europeia a pesar no sentimento dos investidores. Pequim e Washington reúnem na próxima semana em Estocolmo para avançar nas conversações. O mercado espera ainda pelos dados das reservas de petróleo do lado de lá do Atlântico na semana terminada a 19 de julho.
Os recuos voltaram depois de esta manhã Bruxelas ter anunciado que está a ultimar um pacote de tarifas que poderão afetar 100 mil milhões de euros de produtos norte-americanos, já que o acordo com os EUA tarda em chegar e as tarifas de 30% aplicadas por Washington estão à porta, com o prazo de 1 de agosto.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,7% para os 64,86 dólares por barril. Já o Brent, de referência para o continente europeu, segue a desvalorizar 0,63% para os 68,16 dólares por barril.
A travar maiores quedas nos preços do "ouro negro" está o acordo da Casa Branca com o Japão, que baixa as tarifas aplicadas ao país para 15%.
"A queda nos preços das últimas três sessões parece ter diminuído, mas não espero muito impulso ascendente com as notícias do acordo comercial entre EUA e Japão, isto porque os obstáculos e atrasos anunciados com as negociações com a UE e a China vão continuar a ser um obstáculo para o sentimento", disse Vandana Hari, da Vanda Insights, à Reuters.
Noutro sinal positivo para o mercado de petróleo bruto, o secretário da Energia dos EUA disse esta terça-feira que os EUA estavam a considerar sancionar o petróleo russo para acabar com a guerra na Ucrânia, isto depois de na semana passada a UE anunciar o 18.º pacote de sanções a Moscovo.
Ouro perde brilho com novos acordos. Prata em máximos de 14 anos
O ouro está a negociar em baixa esta quarta-feira, depois de os EUA terem assinado um acordo comercial com o Japão, levando a que os investidores diminuíssem a aposta em ativos de refúgio com o alívio da incerteza.
O presidente dos EUA, Donald Trump, indicou na noite passada que a Casa Branca tinha fechado um acordo comercial com o Japão que reduz as tarifas para 15%, o acordo mais significativo que a Administração negociou desde o anúncio das tarifas em abril.
Apesar da diminuição da incerteza, que penaliza o ouro, os analistas do mercado de metais acreditam que as perspetivas de longo prazo para metal amarelo continuam favoráveis. O metal amarelo perde 0,5% para 3.414,79 dólares por onça.
Já a prata está a negociar em máximos de 14 anos, de setembro de 2011, ao subir 0,36% para 39,43 dólares por onça. O impulso surge devido ao aumento da procura deste metal pela indústria e à escassez da oferta do mesmo.
"Um impulso decisivo acima dos 40 dólares pode vir de uma nova subida nos preços do ouro, de uma nova onda de fraqueza do dólar norte-americano ou de sinais de uma maior restrição na oferta", disse Alexander Zumpfe, "trader" de metais preciosos da Heraeus Metals Germany, em declarações à Reuters.
Noutros metais, a platina cede 0,50%, para 1.437,54, enquanto o paládio ganha 0,76%, para 1.287,86 dólares por onça.
Dólar sobe com otimismo dos mercados. Libra atinge valor mais alto em quase duas semanas.
A esta hora e de acordo com o Dollar Index Spot, o dólar sobe 0,12% para 97,5110 pontos. A nota verde está a subir devido ao acordo entre Washington e Tóquio, que definiram uma taxa de 15% sobre produtos japoneses, abaixo dos 25% inicialmente propostos. Em troca, o Japão compromete-se com um pacote de investimentos e empréstimos no valor de 550 mil milhões de dólares direcionados aos EUA.
Também a libra esterlina ganha destaque nesta quarta-feira, acompanhando o bom-humor dos mercados. Face ao dólar, a libra sobre 0,10% para 1.3546 dólares, o valor mais alto em quase duas semanas. O par euro e libra recua 0,32% para 0.8657 euros. Face ao dólar, o euro volta a recuar 0,22% para 1.1728 euros.
Quanto ao iene japonês, o dólar desvaloriza 0,10% face à moeda nipónica para 146.4900 dólares. Já face ao franco suíço, o dólar valoriza 0,23% para 0.7941 dólares.
Embora a libra ainda acumule perdas em julho face às principais moedas, os analistas veem espaço para uma recuperação. De acordo com a Reuters, o Bank of America destacou que "as condições estão reunidas para uma recuperação da libra durante o verão", apesar das preocupações com as finanças públicas britânicas. O banco assinalou ainda que os diferenciais de juros começam a favorecer a moeda do Reino Unido e que a erosão tarifária noutros países poderá beneficiar o Reino Unido no médio prazo.
Acordo dos EUA com Japão dá ânimo a Wall Street
O "rally" em Wall Street pode estar de volta. Depois de na terça-feira as bolsas norte-americanas terem fechado perto de máximos históricos, a sessão desta quarta-feira arrancou no verde, com os investidores animados pela assinatura do acordo comercial entre os EUA e o Japão, anunciado ontem à noite pelo Presidente Donald Trump.
Os EUA vão aplicar uma tarifa de 15% aos produtos importados do Japão, abaixo dos 25% que Trump tinha estabelecido por carta. Além disso, o Japão compromete-se a investir 550 mil milhões de dólares nos EUA.
O acordo veio aliviar parte das preocupações dos investidores quanto a uma escalada da guerra comercial e uma possível quebra no crescimento das economias mundiais. "Os Estados Unidos têm-se esforçado para fechar muitos acordos comerciais antes do prazo de 1 de agosto, e parece que estes acordos estão a começar a ganhar impulso. É um sinal muito positivo", disse Chris Zaccarelli, da Northlight Asset Management, à Reuters.
O S&P 500 ganha 0,31% para os 6.329,02 pontos, o Dow Jones sobe 0,57% para 44.756,14 pontos e o Nasdaq Composite soma 0,11% para 20.915 pontos.
Os investidores agora estão focados nos lucros das "Sete Magníficas", os grandes nomes do mercado que impulsionaram as ações para níveis recordes. Esta quarta-feira, já depois do fecho de mercado, é dia de a Alphabet e da Tesla darem a conhecer ao mercado o último trimestre.
As expectativas dos analistas estão elevadas, sobretudo devido ao otimismo em relação ao investimento das duas gigantes em inteligência artificial (IA), deixando pouca margem para deceções. No arranque da sessão, as ações da dona da Google perdem de forma modesta, enquanto a empresa fundada por Elon Musk ganha ligeiramente.
Noutros movimentos empresariais, a Texas Instruments cede 12% depois de ter anunciado uma previsão para os lucros do próximo trimestre que não impressionou os investidores, apontando uma procura mais fraca do que o esperado.
Euribor sobe a seis meses, o prazo mais usado nos créditos à habitação
A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três e a 12 meses e subiu a seis meses em relação a terça-feira e no prazo mais curto manteve-se abaixo de 2%.
Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 1,939%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,034%) e a 12 meses (2,038%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,034%, mais 0,002 pontos que na terça-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,038%, menos 0,012 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu hoje, para 1,939%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior.
Esta semana, hoje e na quinta-feira, realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt.
Os investidores aguardam com expectativa a reunião de política monetária do BCE desta semana, que deverá manter as taxas, pelo que as atenções estarão centradas na possibilidade de a presidente da entidade, Christine Lagarde, dar alguma pista sobre os próximos passos.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o BCE desceu as taxas de juro em 0,25 pontos, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada a três meses.
Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%.
A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa pinta-se de verde. Setor automóvel ganha mais de 3% com acordo EUA-Japão
Os principais índices europeus negoceiam com fortes ganhos esta manhã, com o acordo comercial anunciado entre os Estados Unidos (EUA) e o Japão a dar novo ímpeto aos ativos de risco e a atenuar preocupações quanto a uma escalada da guerra comercial em curso.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avança 0,98% para os 549,66 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganha 0,77%, o italiano FTSEMIB avança 1,16%, o francês CAC-40 soma 1,21%, o britânico FTSE 100 valoriza 0,39%, o neerlandês AEX regista ganhos de 0,96% e o espanhol IBEX 35 pula 0,58%.
No plano comercial, os acordos anunciados entre os EUA e o Japão, mas também entre a maior economia mundial e as Filipinas, seguem a alimentar o otimismo de que será possível a União Europeia e os EUA chegare a um entendimento antes do prazo limite de 1 de agosto imposto por Donald Trump.
"As pessoas pensam que agora há mais hipóteses de um acordo com a União Europeia", disse à Bloomberg Stephane Ekolo, da TFS Derivatives.
À medida que a “earnings season” prossegue, os resultados das cotadas do Velho Continente continuam a centrar atenções.
Nesta linha, o italiano UniCredit segue a ganhar mais de 3,30%, depois de ter aumentado as suas perspetivas de lucros para o ano inteiro. Já a SAP – que ontem apresentou contas e que tem alternado com a Novo Nordisk o título de cotada mais valiosa da região - cai mais de 2,70% esta manhã, após ter anunciado que os ciclos de vendas em setores como a manufatura industrial estão a ficar mais demorados devido às incertezas em torno das tarifas.
“Em termos gerais, diria que a época de resultados na Europa tem estado em linha com as expectativas”, afirmou à Bloomberg Christophe Boucher, diretor de investimentos do ABN Amro. “Ainda não houve um impacto real da guerra comercial nos lucros, é mais um ruído do que qualquer outra coisa”, acrescenta o especialista.
Quanto aos setores, o automóvel (+3,51%) segue a registar o maior avanço, beneficiando do acordo entre os EUA e o Japão, seguindo-se o da saúde (+2%). Por outro lado, com as maiores desvalorizações estão o setor das “utilities” (-0,72%) e o das telecomunicações (-0,68%).
Já entre os movimentos do mercado, destacam-se a esta hora fabricantes automóveis como a BMW (+4,37%), a Mercedes-Benz (+5,29%), a Stellantis (+6,65%) e a Porsche (+4,42%).
Juros das dívidas soberanas europeias registam agravamentos com investidores virados para ativos de risco
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam agravamentos em toda a linha esta manhã, numa altura em que os investidores aumentam as apostas em ativos de risco e empurram os índices de ações europeus para fortes valorizações.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 1,8 pontos-base, para 3,050%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 2,7 pontos, para 3,227%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 2,8 pontos-base para 3,290%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 3,4 pontos para 2,622%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e avançam 4,5 pontos-base para 4,613%.
Ouro recua com "traders" a mostrarem maior apetite pelo risco
O ouro segue a negociar com perdas esta manhã, depois de importantes acordos entre os EUA e alguns dos seus principais parceiros comerciais terem aumentado o apetite dos “traders” pelo risco, afastando-se de ativos refúgio como o ouro.
Ainda assim, um dólar mais fraco segue a conter perdas mais expressivas do metal amarelo a esta hora.
O ouro perde agora 0,28%, para os 3.421,940 dólares por onça.
Entretanto, o Presidente dos EUA, Donald Trump, continuou a exercer pressão sobre o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, apelidando-o de “idiota” por manter as atuais taxas de juro, que estão demasiado elevadas na opinião de Trump.
No entanto, não se espera que a Fed flexibilize os juros diretores na sua reunião de 31 de julho, fator que pressiona o metal amarelo, que por não render juros, tende a beneficiar de taxas diretoras mais reduzidas.
Petróleo avança impulsionado por novos acordos comerciais
Os preços do petróleo negoceiam com ganhos esta manhã, depois de três sessões consecutivas de perdas. O crude mantém-se estável, à medida que os investidores acompanham o progresso das negociações entre os EUA e os seus principais parceiros comerciais, depois de importantes acordos terem sido anunciados durante o dia de ontem.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,28% para os 65,49 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar igualmente 0,28% para os 68,78 dólares por barril.
O Presidente norte americano, Donald Trump, revelou que a sua Administração chegou a um acordo com as Filipinas que estabelece uma tarifa de 19% sobre os produtos do país que entrem nos EUA. Anunciou ainda um acordo com o Japão que estabelece uma taxa alfandegária de 15% sobre as exportações do país para os EUA.
Ainda nesta linha, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que irá reunir-se com os seus homólogos chineses para conversações comerciais em Estocolmo, na próxima semana, e que irá “trabalhar no que é provavelmente uma extensão” do atual prazo de 12 de agosto para as negociações com Pequim. Disse ainda que as discussões com a China podem agora abranger um leque mais vasto de tópicos, incluindo as compras contínuas de Pequim de crude “sancionado” produzido pela Rússia e pelo Irão.
Apesar da recuperação desta manhã, o Brent, por exemplo, ainda desvaloriza cerca de 8% este ano, devido às preocupações de que a guerra tarifária de Trump retraia o consumo, à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP +) segue a aumentar a produção.
Dólar em queda ligeira, euro mais fraco em relação aos pares
O acordo comercial entre os EUA e o Japão, que coloca a fasquia das tarifas nos 15% (ainda que não para toda a tipologia de bens, com o aço e o alumínio a serem taxados a 50%) está a dominar o arranque do mercado cambial nesta quarta-feira.
O acordo alcançado pelos dois aliados dá perspetivas de que outros acordos podem ser firmados nos quais as tarifas ficam abaixo de 20% – um indicador a ter em atenção sobretudo pelos países da União Europeia, que continuam em negociações com a administração norte-americana para alcançar um acordo antes de 1 de agosto.
Apesar do acordo alcançado entre os EUA e o Japão, os analistas apontam para uma quarta-feira morna para o dólar. "A fraqueza do dólar é a nossa proposta de partida", disse Michael McCarthy, estratega de mercado na Moomoo Austrália, citado pela Reuters. "É claro que há um tom acomodado a contaminar o mercado neste momento em relação ao dólar norte-americano, e isso também se reflete nos mercados obrigacionistas".
O índice do dólar americano (DXY), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisas, está com uma quebra ligeira de 0,03% para os 97,3640 pontos.
O euro segue a perder 0,10% para os 1,1743 dólares, estando também a recuar 0,24% para 0,8670 libras esterlinas. A libra ganha 0,13% para 1,3544 dólares.
Noutros pares de câmbio, o dólar está a subir face à divisa japonesa (0,05% para 146,72 ienes) e perde face à suíça (- 0,06% para 0,7921 francos suíços). Já o euro recua 0,06% para 172,26 ienes.
Ásia fecha em alta com novos acordos comerciais a impulsionarem os índices. Toyota pulou 14%
Os índices asiáticos fecharam a sessão em alta, impulsionados por notícias de que a Administração Trump chegou a um acordo com o Japão, importante parceiro comercial dos Estados Unidos (EUA), o que vem atenuar as preocupações em torno da guerra comercial em curso. Já por cá, os futuros europeus seguem a avançar 1,2%.
Os principais índices chineses terminaram a sessão com valorizações, com o Shanghai Composite a avançar 0,034% e o Hang Seng de Hong Kong a ganhar 0,93%. Pelo Japão, o Nikkei pulou 3,78% e o Topix subiu 3,22%.
O índice japonês Topix atingiu máximos, à boleia das ações da Toyota que subiram mais de 14% para um recorde que não era atingido desde 1987. Já o iene enfraqueceu em relação ao dólar, depois das notícias que dão conta da possibilidade de o primeiro-ministro nipónico Shigeru Ishiba demitir-se, de acordo com o jornal Yomiuri.
No plano comercial, o Presidente dos EUA, Donald trump, anunciou um acordo com o Japão que fixa as tarifas sobre as importações do país em 15%, incluindo os automóveis. O acordo prevê também que o aliado americano invista 550 mil milhões de dólares nos EUA.
“O que realmente importa para Washington agora é conseguir acordos que permitam a ambos os lados afirmar que obtiveram uma vitória nas negociações comerciais, mas que nos afastem das consequências económicas potencialmente graves de uma guerra comercial total”, disse à Bloomberg Phillip Wool, da Rayliant Global Advisors.
Além disso, os EUA também chegaram a um acordo com as Filipinas, estabelecendo uma tarifa de 19% sobre as exportações do país. O índice PSEi, de Manila, fechou o dia com ganhos de mais de 1%.
Ainda no plano comercial, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que se reunirá com representantes chineses para negociações comerciais em Estocolmo na próxima semana e “trabalhará no que é provavelmente uma extensão” do atual prazo de 12 de agosto para as negociações.
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