pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Fecho dos mercados: Bolsas europeias com pior mês desde 2016. Euro em mínimos de Agosto

As bolsas europeias fecharam o mês com uma queda superior a 5%, a pior desde Janeiro de 2016. Já o euro deverá fechar Outubro com uma desvalorização superior a 2%, a pior queda desde Maio.

bolsas mercados operadores wall street queda
bolsas mercados operadores wall street queda Reuters
31 de Outubro de 2018 às 17:25

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,48% para 5.030,71 pontos

Stoxx 600 avançou 1,78% para 361,86 pontos

S&P 500 valoriza 1,58% para 2.725,05 pontos 

Yield 10 anos de Portugal recua 1 ponto base para 1,873%

Euro desvaloriza 0,26% para 1,1316 dólares

Petróleo desliza 0,07% para 75,86 dólares por barril

Bolsas em alta mas com saldo de Outubro negativo

A bolsa nacional encerrou em alta esta quarta-feira, 31 de Outubro, pela terceira sessão consecutiva, com o PSI-20 a valorizar 0,48% para 5.030,71 pontos. Das 18 empresas que compõem o principal índice nacional, 12 encerraram em alta, três em queda e três inalteradas.

Apesar da subida registada na sessão de hoje, o balanço do mês de Outubro é negativo para a bolsa nacional: o PSI-20 acumulou uma descida de 6,13%, o seu pior mês desde Junho de 2016 (marcado pelo referendo do Brexit no Reino Unido), em que desvalorizou 10,17%.

Na Europa, os ganhos da sessão de hoje foram mais expressivos, com todas as praças, à excepção de Atenas e Milão, a valorizarem mais de 1,5%, a aliviarem das fortes quedas recentes e a beneficiarem de bons resultados trimestrais de empresas de peso. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, valorizou 1,78% para 361,86 pontos, mas acumulou uma descida de 5,56% em Outubro, a mais pronunciada desde Janeiro de 2016.

Em Lisboa, o BCP e a Galp Energia foram as cotadas que mais impulsionaram o PSI-20. Depois de já ontem ter valorizado 4%, o banco liderado por Miguel Maya somou 4,02% para 23,82 cêntimos, a beneficiar das estimativas reveladas ontem pelo BPI que apontam para uma forte subida dos lucros do BCP no terceiro trimestre. Já a Galp Energia somou 2,77% para 15,395 euros, destacando-se no sector da energia.

Juros dos periféricos aliviam

A maior parte dos juros dos países da Zona Euro aliviaram ainda que na agenda tenha estado o fraco crescimento europeu e o salto da inflação. A variação dos preços aos consumidores atingiu máximos de seis anos, o que dá mais motivos ao Banco Central Europeu (BCE) para retirar a política monetária expansionista. A meta do BCE é uma inflação abaixo, mas próxima de 2%. 

Já a economia da Zona Euro avançou no terceiro trimestre ao ritmo mais lento desde 2014. O PIB cresceu 1,7%, desacelerando face aos 2,3% do primeiro semestre. Esta travagem é uma materialização do que já vinha sendo antecipado pelos analistas e pelas instituições internacionais.

Ainda assim, os juros dos países periféricos aliviaram. O caso mais expressivo é o da Itália onde os juros têm oscilado significativamente nos últimos meses. Depois de os juros a dez anos terem subido na terça-feira, hoje aliviam 4,7 pontos base para os 3,427%. Pelo mesmo caminho vão os de Espanha e Portugal: descem 1,9 pontos base para os 1,548% e um ponto base para os 1,873%, respectivamente. 

Pelo contrário, os juros alemães a dez anos sobem 1,6 pontos base para os 0,383%. 

Euribor estagnada em todos os prazos

As taxas Euribor mantiveram-se inalteradas a três, seis, nove e a 12 meses. A Euribor a três meses fixou-se em -0,318%, a seis meses em -0,259% e a nove meses em -0,198%. A taxa a 12 meses manteve-se nos -0,149%.

Euro regista pior mês desde Maio

A divisa europeia está a desvalorizar 0,26% para os 1,1316 dólares na sessão de hoje. O euro perde terreno há três sessões consecutivas, tendo atingido mínimos de Agosto. Outubro foi particularmente negativo para a divisa que acumula uma perda mensal de 2,49%, a maior queda mensal desde Maio.

"Os números do crescimento da Zona Euro têm sido desapontantes", classifica o director da Continuum Economics, Paul Bednarczyk, à Reuters, referindo que isso está "a dar espaço para o dólar avançar". 

Já o yuan está a perder 1,4% neste mês de Outubro, a sétima queda mensal, o que representa a maior série de desvalorizações de sempre da moeda chinesa.

Petróleo misto nos mercados internacionais

As cotações do "ouro negro" estão a negociar em terreno misto nos principais mercados internacionais. Por um lado, perdem terreno pressionadas pelo aumento das reservas de crude nos Estados Unidos e pelos receios de abrandamento do crescimento mundial; por outro, o facto de estarmos em vésperas da entrada em vigor das sanções norte-americanas ao Irão é um factor de impulso, especialmente nos EUA.

Em Nova Iorque, o crude de referência segue a somar 0,41% para 66,45 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – benchmark para as importações europeias – recua 0,07% para 75,86 dólares.

Ouro regista melhor mês desde Janeiro

O metal precioso recuperou num mês que ficou marcado pelas quedas dos mercados. Outubro caminha para ser o melhor mês desde Janeiro, isto apesar de na sessão de hoje o ouro estar a perder terreno uma vez que os mercados bolsistas estão a recuperar. Numa altura em que os investidores não procuram tantos activos de refúgio, o ouro cede 0,67% para os 1.214,74 dólares por onça. Contudo, no saldo mensal, o ouro acumula uma valorização de 2%, a maior desde Janeiro. 

Ver comentários
Publicidade
C•Studio