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Fecho dos mercados: Juros portugueses voltam a atingir mínimos históricos. Bolsas e petróleo recuperam

Os juros portugueses voltaram a cair no mercado secundário e renovaram mínimos históricos. As bolsas e o petróleo recuperaram no arranque da semana.

11 de Março de 2019 às 17:36

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,05% para 5.183,61 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,78% para 373,47 pontos

S&P 500 valoriza 1,21% para 2.776,05 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,1 pontos base para os 1,317%

Euro aprecia 0,02% para 1,1237 dólares

Petróleo valoriza 1,02% para 66,41 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias voltam aos ganhos

As bolsas europeias subiram esta segunda-feira, 11 de março, recuperando depois de três quedas consecutivas. A semana passada foi a pior do ano para as bolsas mundiais devido ao corte das previsões de crescimento da economia mundial, particularmente na China e na Zona Euro. 

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,78% para os 373,47 pontos. O setor europeu da banca foi um dos que se destacou pela positiva. Em causa está o Deutsche Bank e o Commerzbank: ambos os bancos alemães registam fortes ganhos na sessão de hoje com a perspetiva de fusão a ganhar força.

Além da banca, também o setor energético está a registar subidas numa altura em que o petróleo avança mais de 1%. 

O ponto alto da semana deverá ser a votação no Parlamento britânico esta terça-feira, 12 de março, sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia numa altura em que se aproxima cada vez mais o dia oficial da saída (29 de março).

Em Lisboa, o PSI-20 foi dos índices europeus que menos subiu na sessão de hoje: 0,05% para os 5.183,61 pontos.

Juros portugueses voltam a atingir mínimos históricos

Os juros portugueses a dez anos aliviam 3,1 pontos base para os 1,317%, renovando mínimos históricos. Nas últimas semanas, os juros da dívida pública nacional no mercado secundário têm batido recordes mínimos consecutivamente. Primeiro baixaram pela primeira vez dos 1,5% e, na semana passada, baixaram dos 1,4%. Atualmente caminham para um nível inferior aos 1,4%.

Os juros têm beneficiado dos novos estímulos à economia anunciados pelo Banco Central Europeu (BCE) na semana passada, após ter cortado de forma drástica as previsões de crescimento da Zona Euro para 2019. Além disso, Mario Draghi deixou claro que não haverá mexidas nos juros até ao final deste ano, indicando que o "dinheiro barato" vai continuar por um período mais longo do que se esperava anteriormente. 

Na sexta-feira, 15 de março, a Standard and Poor's - que foi a primeira das três grandes agências de rating a retirar Portugal do "lixo" - deverá pronunciar-se sobre o rating da República. O outlook "positivo" indica que poderá haver uma melhoria da notação financeira no médio prazo, mas para já a expectativa é que o rating fique inalterado.

Euro sobe ligeiramente

O euro está a subir 0,02% para os 1,1237 dólares, valorizando pela segunda sessão consecutiva. Na mente dos investidores está a atitude do Banco Central Europeu perante a desaceleração económica. Os mercados esperam que as medidas anunciadas por Mario Draghi sejam suficientes para amparar a travagem da economia europeia. 

Arábia Saudita volta a dar asas ao petróleo

O petróleo está a negociar em alta num dia em que a Bloomberg noticiou que a Arábia Saudita vai cortar ainda mais a produção (e a oferta) em abril. Os sauditas deverão produzir bem menos do que 10 milhões de barris por dia no próximo mês. Este é mais um sinal de que um dos principais produtores de petróleo do mundo está determinado a reconquistar o controlo dos mercados para manter os preços do barril num nível superior ao atual. 

"A Arábia Saudita está disponível neste momento a cobrir qualquer falha de cumprimento [do acordo da OPEP] por parte de outros membros, ajustando [a sua produção] unilateralmente", considera o especialista Derek Brower, do RS Energy Group, à Bloomberg. Tal reflete-se na cotação do barril em Londres e em Nova Iorque.

O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma subida de 1,22% para os 55,87 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,41% para os 65,58 dólares. 

Metais preciosos contrariam retoma nas bolsas

O ouro desliza 0,48% para os 1.291,05 dólares por onça, invertendo dos ganhos de quase 1% da última sessão, com os investidores a sentirem menos necessidade de se "proteger" do risco através deste ativo refúgio numa altura de recuperação das bolsas. A mesma trajetória descendente é seguida pela "irmã" prata, que cede 0,50% para os 15,2587 dólares por onça, um contraste ainda maior com a subida de mais de 2% que o metal cinza tinha verificado na última sessão.

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