Europa desce de máximos de um ano com foco a retornar à política monetária
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
- Inflação e Fed apontam Europa para o vermelho. Ásia encerra segunda semana de perdas.
- Preços do gás caem abaixo dos 50 euros por megawatt-hora pela primeira vez em 17 meses
- Ouro prestes a fechar semana de perdas empurrado pela Fed
- Dólar apaga perdas desde o início do ano. Euro recua
- Juros agravam na Zona Euro ao som de alarme de Isabel Schnabel
- BCE e Fed pintam Europa de vermelho
- Wall Street arranca sessão no vermelho. DoorDash entrega ganhos de quase 4%
- Ouro recua com pressão do dólar
- Petróleo caminha para fechar semana com perdas
- Juros aliviam na Zona Euro após comentários do BCE
- Europa desce de máximos de um ano com foco a retornar à política monetária
A Europa aponta para terreno negativo depois de a Ásia ter fechado no vermelho, à medida que os investidores continuam avaliar o impacto da inflação e de outros dados económicos nas contas das empresas e a digerir as mais recentes declarações de dois membros do banco central norte-americano.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,8%.
Na Ásia, pelo Japão, o Topix deslizou 0,46% e o Nikkei perdeu 0,66%. Por sua vez, na China, Xangai caiu 0,5% e o Hong Kong derrapou 1,26%. Por fim, na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,98%.
O MSCI Ásia Pacífico fechou uma segunda semana consecutiva de perdas.
Além da inflação na ótica do produtor nos EUA – que subiu mais do que o esperado em janeiro - os investidores estão a digerir as mais recentes declarações de dois membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) ainda no rescaldo da divulgação destes números.
Tanto a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, como o líder do banco central em St.Louis, James Bullard, abriram a porta a uma subida da taxa dos fundos federais em 50 pontos base na próxima reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC), agendada para março.
O gás negociado em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – caiu pela primeira vez em 17 meses abaixo da fasquia dos 50 euros por megawatt-hora, à medida que a crise energética no bloco parece recuar.
O TTF segue a cair 4,8% para 49,5 euros por megawatt-hora, o nível intradiário mais baixo desde setembro de 2021. Desde o início do ano, o gás negociado em Amesterdão já tombou 35%. Já desde o pico de agosto do ano passado, esta queda é ampliada para 80%.
A crise energética parece recuar, à medida que o bloco tenta reduzir o consumo de energia e o clima mais ameno reduz a procura por esta matéria-prima. A nível global os maiores fluxos de gás entre EUA e Catar também têm pressionado os preços.
No mercado do petróleo, o ouro negro prepara-se para fechar uma semana de perdas, à medida que os stocks de crude nos EUA aumentam e a perspetiva sobre uma política monetária (ainda mais) restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed) ofusca o ânimo provocado pela reabertura da economia do maior importador de petróleo do mundo, a China.
Assim, o West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – perde 2,10% para 76,84 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 1,96% para 83,47 dólares por barril.
O ouro está prestes a fechar uma semana de perdas, depois de os últimos cinco dias terem sido marcados por dados e declarações no sentido de um maior endurecimento da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O metal amarelo segue a cair 0,85% para 1.820,80 dólares a onça. Prata, platina e paládio seguem esta tendência negativa, sendo que no caso da prata esta é a quinta queda consecutiva.
Além da inflação na ótica do produtor nos EUA – que subiu mais do que o esperado em janeiro - os investidores estão a digerir as mais recentes declarações de dois membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) ainda no rescaldo da divulgação destes números.
Tanto a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, como o líder do banco central em St.Louis, James Bullard, abriram a porta a uma subida da taxa dos fundos federais em 50 pontos base na próxima reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC), agendada para março.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – soma 0,61% para 104,494pontos, tendo já apagado todas as perdas desde o início do ano.
A nota verde está a ser impulsionada pelas declarações de membros da Fed que apontam para uma subida de 50 pontos base da taxa de fundos federais depois da reunião de março do banco central.
Por sua vez, o euro enfraquece contra a nota verde e derrapa 0,35% para 1,0637 dólares. O movimento ocorre, apesar de Isabel Schnabel, da comissão executiva do Banco Central Europeu ter avisado que "é muito cedo para cantar vitória" contra a inflação e ter alertado que talvez seja necessário "agir com mais força" para conter a subida dos preços.
Os juros agravam-se da Zona Euro no arranque desta sexta-feira, ao som das declarações "hawkish" de uma das vozes mais escutadas da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel, que alerta que "ainda é muito cedo para cantar vitória" sobre a inflação e avisa que o mercado está a subestimar a subida dos preços.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agrava 6,9 pontos base para 2,541%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos sobe 13,6 pontos base – o aumento mais expressivo entre as "yields" das principais dívidas da região – para 4,463%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos agravam 7,8 pontos base para 3,418% enquanto a "yield" das obrigações espanholas com a mesma maturidade somam 8,4 pontos base para 3,513%.
A Europa arrancou a última sessão desta semana em terreno negativo, depois de esta quinta-feira ter alcançado máximos de um ano, pressionada pelas declarações "hawkish" de membros do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco - perde 1,14% para 459,92 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, tecnologia, imobiliário e serviços financeiros comandam as perdas.
Esta sessão poderá ser especialmente volátil já que se dá o vencimento de opções – produtos derivados que concedem o direito de compra ou venda de um ativo subjacente, neste caso ações do "benchmark" europeu.
Nas principais praças europeias, Madrid desvaloriza 0,87%, Frankfurt derrapa 1,39% e Paris desliza 1,09%. Londres cai 0,62%, Amesterdão deprecia 1,25% e Milão desvaloriza 1,29%.
Os investidores vão estar atentos às ações da Hermes International, as quais caem 1,35% apesar de a empresa ter reportado um aumento das vendas no último trimestre.
Também a Allianz cai 2,94%, apesar de a seguradora alemã ter anunciado um aumento do dividendo a distribuir, face aos lucros operacionais recorde registados o ano passado.
Wall Street arrancou a sessão em terreno negativo, pressionada pelas declarações "hawkish" de alguns membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) sobre o futuro da suas políticas monetárias.
O industrial Dow Jones cai 0,37% para 33.572,64 pontos, enquanto o "benchmark" mundial por excelência S&P 500 desvaloriza 0,56% para 4.067,40 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,54% para 11.791,54 pontos.
Tanto a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, como o líder do banco central em St.Louis, James Bullard, abriram a porta a uma subida da taxa dos fundos federais em 50 pontos base na próxima reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC), agendada para março.
Os comentários de ambos os decisores da Fed surgiram na sequência da divulgação do índice de preços no produtor (na sigla inglesa PPI) em janeiro nos EUA, o qual foi revelado esta semana tendo ficado acima do esperado.
"Demorou, mas parece que o eterno otimismo dos investidores está a ser abalado com o mais recente PPI a enviar uma mensagem de que a aterragem economia será extraordinariamente desafiante e repleta de turbulência", defendeu Craig Erlam, analista sénior da Oanda Europe, em declarações à Bloomberg.
Já do lado de cá do Atlântico, Isabel Schnabel, da comissão executiva do BCE, alertou que "ainda é muito cedo para cantar vitória" sobre a inflação e avisou que o mercado está a subestimar a subida dos preços.
Os investidores vão estar atentos às ações da DoorDash, as quais ganham 3,90%, após a empresa de entrega de refeições ter reportado resultados que dão conta de uma procura resiliente. Por sua vez, a Moderna cai mais de 4% (4,63%) apesar da candidatura de uma nova vacina contra a gripe.
Por fim, a Roku sobe 2,06%, estendendo os ganhos das últimas quatro sessões impulsionada pela revisão em alta da recomendação para "comprar" por parte dos analistas do Bank of America.
O ouro está a ceder ligeiramente, numa altura em que o dólar se encontra a valorizar penalizando assim a negociação do metal precioso que está cotado em dólares.
A influenciar a negociação está ainda o índice de preços no produtor relativos a janeiro, que foram divulgados esta sexta-feira nos Estados Unidos, com valores acima do esperado pelos analistas. Ao mesmo tempo, comentários de membros da Reserva Federal norte-americana que abriram a porta a uma subida de 50 pontos base dos juros diretores na próxima reunião da Fed em março estão a colocar pressão no ouro e a beneficiar o dólar. O metal amarelo recua 0,02% para 1.835,92 dólares por onça. No mercado cambial, o dólar sobe 0,032% para 0,9379 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – soma 0,25% para 104,116 pontos, anulando assim as perdas do início do ano e a caminho do maior ganho semanal desde setembro.
Ao mesmo tempo, comentários de membros da Reserva Federal norte-americana que abriram a porta a uma subida de 50 pontos base dos juros diretores na próxima reunião da Fed em março estão a colocar pressão no ouro e a beneficiar o dólar.
O metal amarelo recua 0,02% para 1.835,92 dólares por onça.
No mercado cambial, o dólar sobe 0,032% para 0,9379 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – soma 0,25% para 104,116 pontos, anulando assim as perdas do início do ano e a caminho do maior ganho semanal desde setembro.
Os preços do petróleo seguem a cair, num dia em que os investidores aparentam alguma aversão ao risco. O "ouro negro" caminha para fechar a semana com perdas de 4%.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – perde 3,48% para 75,76 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 3,22% para 82,40 dólares por barril. Tanto um como outro seguem a cair pelo quarto dia consecutivo.
As perspetivas de que a procura por parte da China - maior importador mundial de crude - poderá aumentar na segunda metade do ano têm valido ao petróleo alguns ganhos, mas o aumento de reservas da matéria-prima nos Estados Unidos na passada semana lançou algum pessimismo sobre o mercado.
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a aliviar, após novos comentários por parte de um decisor do Banco Central Europeu. O atual governador do Banco de França, Francois Villeroy de Galhau, afirmou que subir as taxas de juro além de março "é de menor urgência", sinalizando que, afinal, o ciclo de subidas poderá não ser tão longo quanto isso, mesmo com a inflação ainda em nível elevados.
A "yield" das Bonds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - perdem 3,3 pontos base para 2,439%, enquanto os juros da dívida pública italiana cedem3,9 pontos base para 4,288%.
Já os juros da dívida espanhola recuam 3 pontos base para 3,398%, os juros da dívida francesa diminuem 3,2 pontos base para 2,899% e os juros da dívida pública portuguesa perdem 3,1 pontos base para 3,309%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica sobem 1,8 pontos base para 3,512%.
As principais praças europeias terminaram o dia no vermelho, depois de terem atingido um máximo de um ano esta quinta-feira. As bolsas do Velho Continente foram penalizadas por comentários mais "hawkish" de membros da Reserva Federal norte-americana e do Banco Central Europeu.
O índice de referência da região, Stoxx 600, desvalorizou 0,2% com os setores do petróleo e gás e tecnologia a registarem as maiores perdas, perto de 2%, num dia em que terminam os contratos de opções, o que poderá gerar maior volatilidade no mercado.
Entre os principais movimentos de mercado, a Mercedes-Benz subiu 2,84%, após ter revelado que obteve um lucro de 14.809 milhões de euros em 2022, mais 34% que no ano anterior (11.050 milhões de euros), devido ao aumento dos preços e à venda de veículos mais caros. O grupo anunciou também que vai proceder a um programa de recompra de ações no valor de quatro mil milhões de euros, a partir de março de 2023, pelo período de dois anos. "À medida que a época de resultados chega ao fim, o foco volta a estar no cenário macro, nas taxas de juro e nos bancos centrais. E os comentários mais 'hawkish' não são uma surpresa depois dos fortes dados económicos que temos visto", explicou o analista Thomas Nugent da Mapfe Asset Management, à Bloomberg. "O mercado vai provavelmente ficar mais cauteloso no curto prazo e fazer uma pausa, dada a insustentabilidade do 'rally'", completou.
"À medida que a época de resultados chega ao fim, o foco volta a estar no cenário macro, nas taxas de juro e nos bancos centrais. E os comentários mais 'hawkish' não são uma surpresa depois dos fortes dados económicos que temos visto", explicou o analista Thomas Nugent da Mapfe Asset Management, à Bloomberg.
"O mercado vai provavelmente ficar mais cauteloso no curto prazo e fazer uma pausa, dada a insustentabilidade do 'rally'", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,33%, o francês CAC-40 recuou 0,25%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 0,37% e o britânico FTSE 100 perdeu 0,1%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,86%.
O espanhol IBEX 35 avançou uns ligeiros 0,06%.
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