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Euro mantém-se abaixo da paridade com o dólar. Europa negoceia positiva

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

06 de Setembro de 2022 às 17:40
Europa aponta para perdas. Ásia mista, com possíveis estímulos económicos na China
Europa aponta para perdas. Ásia mista, com possíveis estímulos económicos na China

As principais praças europeias estão a apontar para uma negociação em terreno negativo, com a crise energética na Europa a deteriorar-se e com os investidores a avaliar o que significa para a região a suspensão indefinida do Nord Stream.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,23%, a dois dias de uma nova subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu, que deverá ser o maior aumento de sempre, em 75 pontos base.

Na Ásia, a sessão foi mista com os receios europeus a chegarem à região. Vários dirigentes chineses mostraram intenções de aplicar medidas económicas urgentes para alavancar a economia do país que se tem vindo a deteriorar.

Oficiais chineses do Banco Central da China, bem como ministros, prometeram ainda novas medidas que se vão seguir a estímulos já anunciados em maio deste ano. "A segunda metade do ano é um período crítico para compensar as perdas no segundo trimestre devido aos surtos de covid-19", revelou um dos membros do governo.

Pela China, o Shangai Composite subiu 1%, enquanto no Japão, o Nikkei somou 0,025%. Em Hong Kong, o Hang Seng desceu 0,4% e, na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,22%.

Os investidores vão estar ainda atentos esta terça-feira ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) de julho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que em junho subiu para 10,3%.

Ao mesmo tempo, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, participa com Guntram Wolff, diretor e CEO do Conselho Alemão de Relações Externas, numa conversa sobre como minimizar os danos causados pela fragmentação económica global.

Petróleo negoceia com tendência mista. Gás alivia depois de escalada

O petróleo está a negociar misto, depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+) ter decidido esta terça-feira reduzir em 100.000 barris diários a oferta a partir de outubro.

A Arábia Saudita fez ainda questão de avisar que se mais cortes fossem necessários para estabilizar o mercado, o grupo estaria preparado.

A Arábia Saudita fez ainda questão de avisar que se mais cortes fossem necessários para estabilizar o mercado, o grupo estaria preparado.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, perde 0,63% para 95,14 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 2,14% para 88,73 dólares por barril.

O crude desvalorizou no início do junho, anulando os ganhos registados após a invasão russa da Ucrânia, à medida que um conjunto de fatores fez a matéria-prima escalar - diminuição global do consumo, maior aperto na política monetária e frequentes confinamentos na China, com a aplicação da política covid zero. Com esta nova redução os produtores esperam que os preços estabilizem.

Ao mesmo tempo, a China colocou mais algumas regiões da província de Guizhou em confinamento, nomeadamente uma cidade com cerca de seis milhões de habitantes - renovando assim receios em relação a uma diminuição da procura de crude.

O corte da OPEP+ "é um não-evento em termos de procura-oferta" indica o analista do ING, Warren Patterson. "Por isso, suspeito que o mercado vai continuar a ser ditado por preocupações relativas com a procura, particularmente porque mais partes da China parecem ter entrado em confinamento", esclarece ainda.

No mercado do gás a negociação está a ser feita com perdas, à medida que os governos por toda a Europa vão anunciando medidas para combater a escalada nos preços da energia. Ao mesmo tempo, o Nord Stream, gasoduto que serve gás à Alemanha, continua sem reabrir.

O crude desvalorizou no início do junho, anulando os ganhos registados após a invasão russa da Ucrânia, à medida que um conjunto de fatores fez a matéria-prima escalar - diminuição global do consumo, maior aperto na política monetária e frequentes confinamentos na China, com a aplicação da política covid zero. Com esta nova redução os produtores esperam que os preços estabilizem.

Ao mesmo tempo, a China colocou mais algumas regiões da província de Guizhou em confinamento, nomeadamente uma cidade com cerca de seis milhões de habitantes - renovando assim receios em relação a uma diminuição da procura de crude.

O corte da OPEP+ "é um não-evento em termos de procura-oferta" indica o analista do ING, Warren Patterson. "Por isso, suspeito que o mercado vai continuar a ser ditado por preocupações relativas com a procura, particularmente porque mais partes da China parecem ter entrado em confinamento", esclarece ainda.

No mercado do gás a negociação está a ser feita com perdas, à medida que os governos por toda a Europa vão anunciando medidas para combater a escalada nos preços da energia. Ao mesmo tempo, o Nord Stream, gasoduto que serve gás à Alemanha, continua sem reabrir.

Em reação, no mercado do gás, os futuros a um mês da matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) - referência para o mercado europeu – perdem 5,93%% para 230 euros por megawatt-hora.

Ouro estabiliza e retoma ganhos
Ouro estabiliza e retoma ganhos

O ouro está a registar ganhos, com o dólar a desvalorizar, à medida que se aproxima a reunião do Banco Central Europeu, que deverá marcar a maior subida de sempre das taxas de juro, em 75 pontos base.

Depois de cinco meses de quedas, o metal precioso parece estar finalmente a estabilizar. O ouro sobe 0,3% para os 1.715,56 dólares por onça.

"Um recuo do dólar esta manhã [terça-feira] permitiu ao ouro subir da fraqueza [dos últimos dias] para alguém alívio, depois de um forte 'sell-off' no passado", explica o analista Jun Rong Yeap do IG Asia, à Bloomberg.

Libra ganha com possíveis medidas económicas de Truss. Euro sobe, mas ainda abaixo da paridade
Libra ganha com possíveis medidas económicas de Truss. Euro sobe, mas ainda abaixo da paridade

O euro está a valorizar em relação ao dólar, mas ainda assim a moeda única europeia mantém-se abaixo da paridade. Um dólar está neste momento a valer 0,9982 euros, com a moeda única a valorizar 0,53%.

Já a libra, depois de esta segunda-feira ter tombado para o valor mais baixo em 37 anos face ao dólar, no dia em que o Reino Unido elegeu uma nova primeira-ministra, Liz Truss, está agora a recuperar.

A moeda britânica ganha 0,67% para 1,1594 dólares, numa altura em que notícias dão conta de um novo pacote económico por Truss, para combater a escalada dos preços da energia no país.

"A libra esterlina está a registar ganhos no argumento de que a economia do Reino Unido não vai ser tão penalizada pelos preços da energia", explica Ray Attrill, especialista em câmbio do National Australia Bank, à Bloomberg.

"O tamanho do potencial apoio fiscal pode significar que o Banco de Inglaterra vai ser encorajado a restringir ainda mais a procura para reprimir a pressão inflacionária", esclarece ainda o analista.

A moeda britânica ganha 0,67% para 1,1594 dólares, numa altura em que notícias dão conta de um novo pacote económico por Truss, para combater a escalada dos preços da energia no país.

"A libra esterlina está a registar ganhos no argumento de que a economia do Reino Unido não vai ser tão penalizada pelos preços da energia", explica Ray Attrill, especialista em câmbio do National Australia Bank, à Bloomberg.

Juros na Zona seguem a agravar. Portugal é a que menos sobe da região

Os juros seguem a agravar-se ligeiramente na Zona Euro, a dois dias da reunião do Banco Central Europeu, onde será decidida uma nova subida das taxas de juro, com os analistas a apontarem para um possível aumento em até 75 pontos base.

Ao mesmo tempo, o mercado obrigacionista entrou na semana passada em "bear market", na sequência de um tombo superior a 20% face ao pico registado em 2021.

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Zona Euro - soma 3,7 pontos base para 1,593%, enquanto os juros da dívida francesa com a mesma maturidade aumentam 2,3 pontos base para 2,207%.

Os juros da dívida soberana italiana a dez anos agravam-se 4,1 pontos base para 3,969%.

Por cá, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade soma 1,7 pontos base para 2,668%, e é a que menos sobe, depois do governo português ter anunciado um conjunto de medidas para apoiar as famílias a fazer face à subida generalizada dos preços.

Já os juros da dívida soberana espanhola sobem 3 pontos base para 2,787%.

Ao mesmo tempo, o mercado obrigacionista entrou na semana passada em "bear market", na sequência de um tombo superior a 20% face ao pico registado em 2021.

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Zona Euro - soma 3,7 pontos base para 1,593%, enquanto os juros da dívida francesa com a mesma maturidade aumentam 2,3 pontos base para 2,207%.

Os juros da dívida soberana italiana a dez anos agravam-se 4,1 pontos base para 3,969%.

Por cá, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade soma 1,7 pontos base para 2,668%, e é a que menos sobe, depois do governo português ter anunciado um conjunto de medidas para apoiar as famílias a fazer face à subida generalizada dos preços.

Já os juros da dívida soberana espanhola sobem 3 pontos base para 2,787%.

Europa recupera e abre no verde
Europa recupera e abre no verde

As principais praças da Europa Ocidental estão a retomar os ganhos, depois de perdas vividas esta segunda-feira e ao longo da semana passada. A sustentar a negociação estão os setores cíclicos, como os financeiros, industriais e da energia, que são sempre beneficiados com a expectativa de retoma económica.

O índice Stoxx 600, referência para o Velho Continente, avança 0,65%, apenas o setor do petróleo e gás negoceia no vermelho. A registar os maiores ganhos está o setor do retalho (3,63%), das viagens (2,1%) e automóvel (1,72%).

Nas principais praças europeias, o alemão Dax sobe 0,88%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,81%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,49%, o francês CAC-40 avança 0,42%, o britânico FTSE 100 soma 0,38%.

Em Amesterdão, o AEX registou uma subida de 0,66%. Por cá, o PSI está em consonância com a Europa e sobe 0,16%.

O índice Stoxx 600, referência para o Velho Continente, avança 0,65%, apenas o setor do petróleo e gás negoceia no vermelho. A registar os maiores ganhos está o setor do retalho (3,63%), das viagens (2,1%) e automóvel (1,72%).

Nas principais praças europeias, o alemão Dax sobe 0,88%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,81%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,49%, o francês CAC-40 avança 0,42%, o britânico FTSE 100 soma 0,38%.

Em Amesterdão, o AEX registou uma subida de 0,66%. Por cá, o PSI está em consonância com a Europa e sobe 0,16%.

Após feriado, Wall Street sorriu. Nasdaq com ganho tímido
Após feriado, Wall Street sorriu. Nasdaq com ganho tímido

Wall Street abriu em terreno positivo, depois de ter estado encerrado esta segunda-feira, devido a um feriado nos Estados Unidos, com o retorno dos compradores de pechinchas.

O "buy the dip" acontece quando os investidores compram as ações mais baratas para as venderem mais caras, isto depois dos principais índices norte-americanos terem registado a terceira semana consecutiva no vermelho

O Dow Jones avança 0,36%, para 31.430,24 pontos, ao passo que o índice alargado S&P 500 soma 0,27% para 3.934,78 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite tem o ganho mais tímido e valoriza 0,07% para 11.639,31 pontos.

"Parece que há muito sentimento negativo no mercado", exacerbados por aumentos das taxas de juro e tensões geopolíticas, indica Lousie Dudley, analista da Federated Hermes.

"Há muita incerteza e estamos numa situação em que temos de esperar e analisar a situação até termos novos dados económicos", acrescenta ainda.

Ouro recua, a dois dias do encontro do BCE

O ouro está a registar perdas, à medida que se aproxima a reunião do Banco Central Europeu, que deverá marcar a maior subida de sempre das taxas de juro, em 75 pontos base.

O ouro desce 0,32% para os 1.715,56 dólares por onça.

O 'metal amarelo' pode vir a ser mais um dano colateral da crise energética na Europa, à medida que a escassez de gás no bloco europeu enfraquece a moeda única e empurra o dólar para novos ganhos.

Também em queda está a prata (-0,15% para 18,13 dólares por onça) e o paládio (-1,41% para 2.009,06 dólares por onça), enquanto a platina sobe 0,78% para 856,65 dólares por onça.

O 'metal amarelo' pode vir a ser mais um dano colateral da crise energética na Europa, à medida que a escassez de gás no bloco europeu enfraquece a moeda única e empurra o dólar para novos ganhos.

Petróleo corrige dos ganhos do arranque da semana
Petróleo corrige dos ganhos do arranque da semana

Os preços do "ouro negro" seguem em baixa, a corrigir depois das fortes subida de ontem após o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+) de que vai reduzir em 100.000 barris diários a sua oferta a partir de outubro.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 2,96% para 95,91 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua marginalmente, a deslizar 0,08% para 86,80 dólares por barril.

Juros da dívida sobem na Europa

Os juros da dívida soberana na Europa negociaram hoje em alta, a dois dias da reunião do Banco Central Europeu, onde será decidida uma nova subida das taxas de juro, com os analistas a apontarem para um possível aumento em até 75 pontos base.

 

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos somaram 4,3 pontos base para 2,694%.

 

Por seu lado, em França os juros no mesmo vencimento avançam 3,5 pontos base para se fixarem em 2,219%.

 

As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, acompanham o movimento de subida, a ganharem 7,3 pontos base para 1,630%.

 

Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" sobem 3,3 e 5 pontos base, para 3,960% e 2,806%, respetivamente.

Euro continua abaixo da paridade face ao dólar

O euro segue a ceder face à nota verde, mantendo-se abaixo da paridade unitária, numa altura em que a crise energética alimenta os receios de uma recessão.

 

A moeda única europeia recua 0,19% para 0,9910 dólares, em torno de mínimos de 20 anos.

 

A escalada do preço do gás após a paragem do gasoduto Nord Stream reforça o risco de inflação e recessão. A dias da reunião do BCE, a incerteza disparou e a moeda única foi mais pressionada.

Europa no verde após pacote energético de Truss

As principais praças europeias fecharam em alta, com a bolsa britânica a inverter para terreno positivo depois do anúncio da nova primeira-ministra sobre as medidas para atenuar o efeito da crise energética.

O índice Stoxx 600 avançou 0,24%, com praticamente todos os setores no verde, com exceção do gás e petróleo, que perdeu 2,52%, das "utilities" (luz, água e gás) e telecom, com descidas de 0,91% e 0,5%, respetivamente.

As maiores subidas foram sentidas no setor automóvel, que escalou 1,91%, e no retalho, a subir 1,78%, particularmente impulsionado pelas grandes cadeias de lojas britânicas.

Nas principais praças da Europa Ocidental, o alemão Dax avançou 0,87%, o francês CAC-40 subiu 0,19%, e, em Amesterdão, o AEX aumentou 0,17%. Já o espanhol IBEX 35 desceu 0,26%, a única praça europeia no vermelho, num dia em que o italiano FTSEMIB se manteve inalterado.

O Stoxx 600 tinha caído em seis das últimas sete sessões, devido a crescentes preocupações com a postura mais agressiva dos bancos centrais e o impacto da crise energética na região.

"As perspetivas mais otimistas para os mercados que verificámos no verão não só têm de recuar, como agora têm de ser reavaliadas para uma perspetiva mais cautelosa em relação ao que nos reservam as próximas semanas", disse à Bloomberg Norman Villamin, do Union Bancaire Privee.

"As expectativas de ganhos continuam bastante altas e têm de descer entre 15% a 30%, dependendendo da profundidade da recessão", acrescentou.

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