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Bolsas europeias registam melhor semana dos últimos sete meses com resultados a animarem

Acompanhe aqui o dia nos mercados.

Reuters
15 de Outubro de 2021 às 17:13
Época de resultados trimestrais gera sentimento positivo

Os futuros da Europa apontam para um arranque em terreno positivo na última sessão da semana, numa altura em que a época de apresentação de resultados do trimestre está a gerar algum otimismo entre os investidores. 

O salto de quase 2% do S&P na sessão de quinta-feira, onde os resultados da banca norte-americana estiveram em destaque, deverá também "contagiar" os investidores na Europa. 

Na agenda desta sexta-feira estão os resultados do Goldman Sachs e ainda da Rio Tionto e da Schroders. Já no tema dos indicadores económicos, as atenções vão estar viradas para os dados da balança comercial na Zona Euro em agosto e para a inflação de Itália e França em setembro, duas economias de relevo no mercado europeu.

Nas praças asiáticas a sessão fica marcada pelos tons de verde, com o índice de Taiwan em destaque, a avançar 2,4%. A fabricante TSMC impulsionou este índice, num dia em que esteve a reagir à subida de quase 14% dos lucros no terceiro trimestre. Os títulos da empresa fecharam com ganhos de 4,71%. 

No Japão, o Nikkei avançou 1,81% e o Topix 1,86%. Em Hong Kong o Hang Seng valorizou 1,08% e a bolsa de Xangai subiu 0,3%.

Ouro no vermelho e euro em terceira sessão de ganhos
Ouro no vermelho e euro em terceira sessão de ganhos

O ouro está novamente no vermelho, pondo fim a três sessões consecutivas de ganhos. Nesta altura, este metal cede 0,45%, com a onça a negociar nos 1.787,7 dólares. 

Nas últimas três sessões o ouro tem vindo a escalar, fechando esta quinta-feira já nos 1.795,87 dólares, já muito próximo da fasquia dos 1.800 dólares. 

No mercado cambial, o euro está a ganhar força. Esta é a terceira sessão consecutiva de ganhos da moeda única europeia, que está a valorizar 0,10% perante o dólar, para 1,1609 dólares. 

A libra esterlina também está a avançar pela terceira sessão, a valorizar nesta altura 0,34% para 1,3719 dólares. 

Já o dólar norte-americano está a desvalorizar ligeiramente (0,05%) perante um cabaz composto por divisas rivais. 

Petróleo em máximos de três anos. Brent e WTI com ganhos acima de 1%
Petróleo em máximos de três anos. Brent e WTI com ganhos acima de 1%

O petróleo continua a avançar nos mercados, deixando o "ouro negro" a caminho daquela que poderá ser a oitava semana de ganhos, apontando para a série mais longa desde 2015.

O West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a subir 1,06%, com o barril nos 82,17 dólares. 

O brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado português, regista nesta altura ganhos de 1,14%, com o barril nos 84,96 dólares. Ainda assim, o brent já tocou esta manhã nos 85 dólares por barril. É preciso recuar até 2018 para encontrar um valor semelhante no barril de brent. 

A crise energética está a fazer mexer a procura por petróleo. Com falhas no gás natural nos mercados da Europa e Ásia, os mercados estão a assistir a uma viragem para os produtos petrolíferos, conforme referiu a Agência Internacional de Energia.

Juros da dívida soberana registam nova sessão de subidas
Juros da dívida soberana registam nova sessão de subidas

Os juros da dívida soberana da Zona Euro estão novamente a subir na sexta-feira, em alguns casos com subidas acima de três pontos base. 

As "yields" a 10 anos das "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a subir 2,1 pontos base , para -0,172%. 

A subida é ainda mais expressiva na "yield" de Itália, onde os juros a dez anos estão a agravar 3,5 pontos base para 0,866 dólares.

Na Península Ibérica, os juros portugueses sobem 1,9 pontos base para 0,340%. Em Espanha, a "yield" também a dez anos sobe 2,1 pontos base para 0,455%.

Praças europeias pintadas de verde animadas pelas contas do trimestre
Praças europeias pintadas de verde animadas pelas contas do trimestre

As praças europeias estão pintadas de verde na sessão desta sexta-feira, a caminho daquela que poderá ser a melhor semana desde março. A época de resultados trimestrais, com várias cotadas a revelar contas acima das estimativas dos analistas, está a animar os investidores.

O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, está a avançar 0,23% para 466,97 pontos. 

As empresas do setor da banca e as energéticas estão a liderar os ganhos esta manhã, estas últimas devido à subida do petróleo, que está em máximos de três anos.  

O índice espanhol IBEX está a liderar os ganhos entre as principais praças europeias, com uma valorização de 0,67%, seguido pela bolsa italiana, que avança 0,64%. O alemão DAX avança 0,14%, o francês CAC 40 aprecia 0,42% e o FTSE 100 sobe 0,24%. Em Lisboa, o PSI-20 avança 0,59%. 

Contas trimestrais animam Wall Street

As principais bolsas do outro lado do Atlântico abriram em alta, impulsionadas pelos bons resultados de cotadas de peso.

 

O índice industrial Dow Jones segue a somar 0,62%, para 35.130,75 pontos e o Standard & Poor’s 500 avança 0,42%, para 4.456,93 pontos – depois de ontem encerrar a subir 1,7%, naquele que foi o seu maior ganho em sete meses.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,22% para se fixar nos 14.856,10 pontos.

 

As bolsas norte-americanas estão a sustentadas pelo bom desempenho de cotadas como o Goldman Sachs e a Alcoa, depois de ontem também o Morgan Stanley e a UnitedHealth terem ganho terreno à boleia de resultados trimestrais robustos.

 

A Alcoa, maior produtora norte-americana de alumínio, esteve a ser sustentada pelas contas animadoras do terceiro trimestre, pelo seu primeiro pagamento de dividendos desde 2016 e por um programa de recompra de ações próprias no valor de 500 milhões de dólares.

Brent acima dos 85 dólares com crise energética global
Brent acima dos 85 dólares com crise energética global

As cotações do "ouro negro" estão a negociar em terreno positivo, continuando a ser sustentadas pela crise energética global, levando a uma transição para produtos petrolíferos na geração de eletricidade.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro avança 1,05% para 82,16 dólares por barril, em máximos de sete anos.

 

Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,92% para 84,77 dólares, depois de já ter chegado a estar a transacionar nos 85 dólares – patamar onde não tocava desde outubro de 2018.

 

Os receios de uma menor procura por crude, à conta da subida inflação e das perturbações nas cadeias de fornecimento de grandes economias, estão a ser compensados pela maior transição para produtos petrolíferos para a produção de eletricidade devido aos elevados preços do gás natural e do carvão – decorrentes da sua escassez –, em plena crise energética mundial.

 

Para Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, os preços deverão manter-se sustentados, "numa altura em que a procura está a aumentar com a transferência no setor da eletricidade e com o posicionamento cauteloso da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) no que diz respeito à abertura de torneiras".

 

Além disso, os inventários de petróleo comercial estão em mínimos de 2015 nos países da OCDE, sublinhou Staunovo numa nota de análise a que o Negócios teve acesso.

 

O Brent está a caminho da sua sexta semana consecutiva de ganhos, devido à procura robusta, num contexto de procura forte – e há mais analistas a prever que os preços possam subir ainda mais com o inverno no hemisfério norte. Já o WTI acumula saldo positivo há oito semanas.

Ouro cai com bons dados nos EUA e subida dos juros da dívida

O metal amarelo está a negociar em baixa, pressionado por dados económicos animadores nos EUA e pela subida das "yields" da dívida norte-americana.

 

O ouro a pronto (spot) segue a ceder 1,19% para 1.774,21 dólares por onça no mercado londrino.

 

No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro recuam 0,83%, para 1.781,80 dólares por onça.

 

Os preços estão a perder terreno devido a um aumento inesperado das vendas a retalho nos EUA em setembro, que estão a levar a que haja uma menor aposta em ativos-refúgio, como o ouro e a dívida soberana.

 

Esse menor investimento na dívida está a fazer subir a "yield" das obrigações soberanas dos Estados Unidos, o que faz diminuir a atratividade do metal precioso.

 

Embora o ouro seja considerado uma boa cobertura contra a inflação, a subida dos juros da dívida desafia esse estatuto, uma vez que aumenta o custo de oportunidade de deter ouro sem remuneração de juros.

Juros da Zona Euro sobem

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estiveram a subir nesta última sessão da semana, com a dívida italiana a ser uma das mais penalizadas. 

A taxa transalpina a dez anos engordou 3,6 pontos base para os 0,867%, enquanto que no resto da Europa se registaram subidas de em torno dos 2 pontos base, como em Portugal. 

Na Alemanha, que serve de referência para o bloco, os juros subiram 2 pontos base para os -0,173%.

Europa regista melhor semana desde março deste ano com resultados a animarem

As praças europeias pintaram-se de verde na sessão desta sexta-feira, naquela que foi ser a melhor semana desde março. A época de resultados trimestrais, com várias cotadas a revelar contas acima das estimativas dos analistas, animou os investidores.

O Stoxx 600 - índice qie agrupa as 600 maiores empresas da região - obteve um ganho de 0,7%, pondo fim à melhor semana desde março com uma valorização acumulada de 2,7%.

"Praças europeias encerram no verde (...) impulsionadas por uma 'earning season' que decorre acima das expectativas e que faz acreditar que a economia terá estado mais robusta que o previsto no 3.º trimestre", escreve Ramiro Loureiro, analista do Millennium Investing Bank, numa nota.

Acrescenta que "no exterior o setor de Viagens & Lazer foi o mais animado, após notas de que os EUA pretendem abrir fronteiras para o exterior, a viajantes vacinados, dia 8 de novembro, sendo o maior alívio das restrições ao setor aéreo desde o início da pandemia".

"A Banca esteve igualmente animada, impulsionada pela subida das yields de divida soberana, no dia em que notas de imprensa deram conta da vontade do Governo italiano em concluir a venda de parte do Monte Dei Paschi ao Unicredit", diz.

O Stoxx 600 - índice qie agrupa as 600 maiores empresas da região - obteve um ganho de 0,7%, pondo fim à melhor semana desde março com uma valorização acumulada de 2,7%.

Acrescenta que "no exterior o setor de Viagens & Lazer foi o mais animado, após notas de que os EUA pretendem abrir fronteiras para o exterior, a viajantes vacinados, dia 8 de novembro, sendo o maior alívio das restrições ao setor aéreo desde o início da pandemia".

"A Banca esteve igualmente animada, impulsionada pela subida das yields de divida soberana, no dia em que notas de imprensa deram conta da vontade do Governo italiano em concluir a venda de parte do Monte Dei Paschi ao Unicredit", diz.

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