Como e porquê o BCE faz as compras de activos?
Foi em Março de 2015 que, pela voz do seu presidente, o Banco Central Europeu anunciou o programa de compra de dívida soberana. Mario Draghi anunciava, assim, a tão aguardada arma da instituição monetária, numa altura em que já decorriam as compras de "covered bonds" e de instrumentos de dívida titularizados.
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Mais de um ano depois, foi a vez de o banco central da Zona Euro acrescentar à sua intervenção a dívida de empresas não-financeiras. Estas compras arrancaram na passada quarta-feira, 8 de Junho. Conhecida como "bazuca" da política monetária foi muito polémica no seio da união monetária, mas a inflação persistentemente baixa – em Maio fixou-se em -0,1% – levou o BCE a disparar.
Num vídeo publicado no seu site, a instituição aponta as razões que levaram às compras de activos e antecipa os resultados que pretende obter com estas. Além disso, explica como o processo é conduzido. "É de facto fácil fazer a transacção. É preciso é saber tudo o resto antes de a fazer", diz entre risos uma funcionária do BCE.
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"O nosso dia começa, naturalmente, com a selecção das obrigações que compraremos nesse dia", aponta Julian Von Landesberger, sendo que depois "comunicamos aos bancos centrais nacionais que também operam no mercado". Posteriormente, conclui o especialista de gestão de carteiras no BCE, "compramos as obrigações por via electrónica, ou por telefone".
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