Curva de juros dos EUA emite o maior alerta de recessão desde 2007
A taxa de juro associada à dívida norte-americana a 10 anos caiu esta segunda-feira, tendo tocado nos 1,7075%, um mínimo desde as eleições de 2016. A taxa eliminou por completo a subida acumulada desde que Donald Trump venceu as eleições.
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A Bloomberg salienta que, a determinada altura, a "yield" a 10 anos negociou 32 pontos base abaixo da taxa a três meses, o que corresponde à inversão da curva mais pronunciada desde a crise de 2008.
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Os alertas estão a chegar de várias frentes. E são uma reação ao escalar da guerra comercial, que está a ganhar novas proporções. Depois de na sexta-feira os EUA terem anunciado a implementação de tarifas sobre todos os bens importados da China, esta segunda-feira foi a vez de Pequim agir.
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O Banco Popular da China fixou, esta segunda-feira, a taxa de câmbio nos 6,9 yuans por dólar, o nível mais baixo desce dezembro de 2008, o que provocou uma queda acentuada da moeda chinesa, que recuou para mínimos de 11 anos.
A medida surge como resposta às novas tarifas anunciadas por Trump, que já hoje acusou a China de uma "grande violação", referindo-se à desvalorização cambial.
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Este contexto afetou os investidores, que provocaram quedas acentuadas nas bolsas mundiais. Wall Street viveu mesmo a maior queda do ano. Na Europa o cenário não foi muito diferente.
Os investidores receiam que a tensão se agrave e que as duas maiores economias do mundo enfraqueçam e entrem mesmo em recessão, um cenário que teria consequências para o resto do mundo.
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