IGCP emite dívida a 12 meses com o juro mais baixo desde abril
A agência que gere a dívida pública nacional esteve no mercado, num duplo leilão de curto prazo. Financiou um total de 1,5 mil milhões de euros, tendo conseguido uma taxa de juro ainda mais baixa na emissão mais longa.
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Na emissão a seis meses (com maturidade em setembro de 2019), o IGCP emitiu 400 milhões de euros, tendo acordado uma taxa de -0,393%, o que representa uma ligeira subida face à última emissão comparável.
Já na emissão a 12 meses (maturidade em março de 2020), a agência liderada por Cristina Casalinha financiou 1,1 mil milhões de euros, com uma taxa de -0,366%, o que corresponde a uma taxa ainda mais baixa do que na última emissão. Esta taxa é a mais baixa desde abril e, sendo negativa, significa que os investidores estão dispostos a pagar um juro para terem dívida de curto prazo de Portugal nas suas carteiras.
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A procura pela dívida nacional aumentou em ambos os leilões. Na emissão a 12 meses ascendeu a 2,14 vezes a oferta, enquanto na emissão a seis meses foi de 2,31 vezes.
"Foi mais um leilão com sucesso para o IGCP, que continua a beneficiar do ambiente de taxas de juro negativas que vivemos na Europa. Estas taxas historicamente baixas foram também suportadas pela subida de rating feita pela S&P na semana passada. Estes leilões de dívida de curto prazo continuam a contribuir para a redução do custo do serviço de dívida que o país tem", salienta Filipe Silva, do Banco Carregosa, numa nota enviada às redações.
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A última vez que o IGCP emitiu dívida a seis e 12 meses foi em janeiro, tendo emitido um total de 1,75 mil milhões de euros, tendo conseguido taxas mais negativas do que na emissão comparável anterior. No leilão a seis meses financiou-se em 500 milhões de euros, com uma taxa de -0,399%. Já na emissão a 12 meses, o IGCP emitiu 1,25 mil milhões de euros, com uma taxa de -0,36%.
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Na semana passada, o IGCP esteve no mercado a emitir dívida de longo prazo, tendo financiado 1.250 milhões de euros e conseguido a taxa de juro mais baixa de sempre na emissão a 10 anos.
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Portugal tem beneficiado da conjuntura internacional, o que tem levado os juros do país a renovarem mínimos históricos no mercado internacional. Por um lado, o contexto económico e político em Itália e Espanha aumentam a atratividade da dívida nacional, por outro o programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE) deverá beneficiar Portugal.
Além deste contexto, o facto de a S&P ter melhorado o "rating" do país tem provocado novas descidas dos juros nos últimos dias.
(Notícia atualizada, pela última vez, às 11:13 com declarações de Filipe Silva do Banco Carregosa)
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