Moody's retira rating máximo aos EUA devido à subida da dívida pública
A Moody’s Ratings cortou o rating soberano dos EUA devido ao aumento da dívida pública esta sexta-feira, retirando o estatuto de qualidade máxima à dívida soberana norte-americana, num momento em que as políticas da Administração Trump estão a causar incerteza económica e comercial.
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O corte coloca a notação soberana dos EUA em Aa1, um degrau abaixo do patamar máximo de Aaa, à semelhança do que já tinham feito as duas outras principais agências de ratings norte-americanas, a Fitch e a S&P, que também deixaram de atribuir o nível mais elevado de qualidade da dívida à maior economia mundial.
Há mais de um ano, a Moody’s alterou o "outlook" da dívida dos EUA para negativo, sinalizando que poderia cortar o rating nas próximas revisões. Agora, a perspetiva para o rating da dívida foi colocado em estável.
"Embora reconheçamos as forças económicas e financeiras dos EUA, acreditamos que estas já não contrabalançam inteiramente a queda nos indicadores orçamentais", refere a Moody’s em comunicado.
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O corte de um patamar na escala de 21 níveis de ratings da empresa "reflete o aumento durante mais de uma década da dívida pública e dos rácios de pagamentos de juros para níveis significativamente mais elevados do que soberanos com avaliação semelhante".
Além disso, critica a Moody’s, "várias Administrações e Congressos não conseguiram chegar a acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes défices orçamentais anuais e crescentes custos da dívida".
A agência prevê que, "ao longo da próxima década, os défices sejam maiores, com a subida da despesa fixa e a estabilização das receitas públicas. Por sua vez, os grandes défices orçamentais vão elevar a dívida pública e o peso dos juros".
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