Necessidades de financiamento do país sobem para 13 mil milhões em 2026

A estratégia de financiamento para o próximo ano vai centrar-se na emissão de obrigações do Tesouro, num total estimado de 24 mil milhões de euros. O IGCP espera realizar três vendas sindicadas e nove leilões.
Pedro Cabeços é o presidente do IGCP.
João Cortesão / Medialivre
Leonor Mateus Ferreira 14:43

As necessidades de financiamento líquidas do país em 2026 deverão situar-se em 13 mil milhões de euros, o que compara com os 10,8 mil milhões deste ano, segundo indica o programa de financiamento da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

"A estratégia de financiamento para 2026 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública em euros nos mercados financeiros, com a realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT) para promover a liquidez e o eficiente funcionamento dos mercados primário e secundário", explica o programa.

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Um montante de 24 mil milhões de euros será obtido via emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões, prevendo-se a realização de três emissões sindicadas e nove leilões, de acordo com a agência liderada por Pedro Cabeços, que vai anunciar o montante indicativo e as linhas de OT a reabrir até 3 dias úteis antes do leilão.

Além das OT, em 2026 o IGCP espera que o financiamento líquido resultante da emissão de bilhetes do Tesouro (BT) tenha um impacto de 5,1 mil milhões de euros. "Será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva de curto prazo", indica. Haverá quatro leilões no primeiro trimestre, tendo já o primeiro sido agendado para 7 de janeiro de 2026. 

"Em complemento ao programa de OT e BT, em 2026, serão realizadas emissões no âmbito dos novos programas ECP e EMTN em função das oportunidades de mercado que se enquadrem na estratégia de financiamento. Adicionalmente, poderá considerar-se a possibilidade de realização de emissões destinadas ao mercado doméstico de retalho", acrescenta.

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(Notícia atualizada)

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