O que pode fazer subir ou descer a notação da dívida soberana
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Em julho, numa análise periódica onde incluiu Portugal, a Moody’s disse que o perfil de crédito do país era sustentado pela sua robustez económica, que "equilibra a diversificação e a riqueza relativa de Portugal perante o seu modesto potencial de crescimento". Frisou a solidez das instituições e o lento retorno das pressões emanadas da crise da dívida soberana na Zona Euro.
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Sinal amarelo: dívida pública preocupa
A Moody’s diz que a notação de Ba3 (terceiro nível de "lixo") na robustez orçamental de Portugal se devia ao elevado encargo da dívida do setor público, que "é um dos mais elevados da União Europeia e uma forte limitação ao ‘rating’ soberano". Além disso, há também os riscos do setor bancário e os riscos residuais da liquidez soberana. São alertas para situações que, em caso de deterioração, podem levar a um "downgrade".
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Sinal vermelho: "red flags" na banca
A 6 de março, a Moody’s reviu em baixa o "outlook" do setor bancário nacional, dizendo que a rendibilidade dos bancos seria afetada pelo aumento do crédito malparado e das provisões, num período marcado pelo impacto da pandemia. A manter-se este impacto negativo e um renovado stress no setor financeiro que requeira apoio do Estado, sobretudo em caso de uma segunda vaga de covid-19, rapidamente pode haver um corte do "rating" soberano.
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Sinal vermelho: outros focos de pressão
Um crescimento económico mais fraco, que impeça a desalavancagem do setor empresarial ou tenha um impacto negativo na banca e finanças públicas, é preocupante. A trajetória de redução da dívida pública face ao PIB é outro aspeto fundamental. A economia aberta de Portugal deixa o país vulnerável a choques externos e um menor crescimento na Zona Euro pode pressionar. Além disso, se o mercado de trabalho se deteriorar, haverá pressão na notação da dívida. O mesmo acontece com uma queda das exportações.
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