Portugal arranca o ano com nova dívida a custar 3,7%. É o valor mais alto desde 2014
O custo da emissão de nova dívida emitida por Portugal atingiu, no arranque do ano, o valor mais elevado desde 2015. As taxas de colocação têm vindo a agravar-se desde o ano passado e chegaram a uma média de 3,7% em janeiro, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e Dívida Pública.A taxa de juro média a que Portugal se financiou nos mercados alinha com a tendência internacional no mercado obrigacionista, que se ajusta à escalada da inflação e à subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE). No total do ano passado, a nova dívida custou, em média, 1,7%. É um aumento ainda maior quando comparado com 2021, ano em que Portugal se financiou, em média, com uma taxa de juro de 0,6%, ou com os 0,5% registados em 2020 - a mais baixa de sempre para o país.
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No total do ano passado, a nova dívida custou, em média, 1,7%. É um aumento ainda maior quando comparado com 2021, ano em que Portugal se financiou, em média, com uma taxa de juro de 0,6%, ou com os 0,5% registados em 2020 - a mais baixa de sempre para o país.
A última vez que a taxa de juro média da nova dívida atingiu 3,7% foi em 2014, em plena crise. No ano anterior, 2013, tinha sido 4,4%.
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Já o custo do "stock" de dívida - que engloba toda a dívida e não apenas as colocações desse ano - ainda desceu para 1,9% em 2021, depois de em 2020 se ter fixado em 2,2%. Os dados do ano passado ainda não são conhecidos.
O agravamento no mercado primário ocorre numa altura em que também se assiste a uma escala das "yields" no mercado secundário relacionada com a inversão na política do BCE. Em julho, setembro, outubro e dezembro do ano passado, bem como no início deste mês, a autoridade monetária subiu as três taxas de juro de referência num total de 300 pontos base.
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