Rating de França volta a ser cortado pela DBRS enquanto Fitch sobe notação de Itália
O rating de França foi cortado pela segunda vez no espaço de uma semana, sublinhando a deterioração das perspetivas sobre as finanças públicas num momento em que o país se encontra mergulhado numa crise política, com a nomeação do terceiro primeiro-ministro no último ano.
A Morningstar DBRS cortou o rating de França para AA face a AA (elevado), depois de ter atribuído um outlook negativo à notação há seis meses, lê-se num comunicado da agência esta sexta-feira. O corte acontece precisamente uma semana depois de uma redução da Fitch, poucos dias após a queda do governo de François Bayrou.
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“Isto reflete sobretudo os desafios apresentados pela crescente fragmentação política e o reduzido consenso político nos últimos anos", refere a agência. “Este ambiente político e a subida da instabilidade governativa constrangem a eficácia das definições da política orçamental", assinala a DBRS.
Em sentido contrário, Itália recebeu uma subida do rating por parte da Fitch, o primeiro upgrade pela agência ao país desde 2021, com a agência a recompensar o governo de Giorgia Meloni pelos esforços na redução do défice.
A Fitch elevou o rating da notação soberana italiana em um nível para BBB+, três níveis patamares acima da categoria especulativa, ou “lixo”. A agência atribui um outlook estável ao país, outrora considerado problemático pelas agências pela fraca disciplina orçamental, turbulência política e elevada dívida pública.
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“O upgrade reflete o aumento da confiança na trajetória orçamental de Itália, subinhada pelo crescente historial de prudência orçamental e forte compromisso em cumprir as metas orçamentais de curto e médio prazo no âmbito do novo quadro orçamental da UE”, elogia a Fitch. “Um ambiente político estável, um ímpeto reformista contínuo e reduzidos desequilíbrios externos melhoram os indicadores de crédito de Itália”, assinala ainda a agência.
*Com Bloomberg
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