BES emite 400 milhões de dólares em obrigações permutáveis por acções do Bradesco
O Banco Espírito Santo anunciou hoje o lançamento de uma emissão obrigacionista, no montante de 400 milhões de dólares (308 milhões de euros), que pode ser elevada até 450 milhões de dólares (347 milhões de euros).
A oferta tem como destinatários os investidores institucionais e as obrigações são permutáveis em acções do Bradesco. A operação servirá para alargar a maturidade de uma outra emissão, também permutável com acções do Bradesco, que chega à maturidade em 2013.
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Num comunicado, o BES assinala que estas obrigações “terão direitos de troca, indexados ao valor das acções ordinárias do Banco Bradesco”, banco brasileiro onde o BES já não detém acções. Estes títulos, denominados “exchangeable bonds”, serão garantidos de forma incondicional e irrevogável pelo BES, agindo através da sua sucursal de Londres.
O banco liderado por Ricardo Salgado acrescenta que é “beneficiário económico de cerca de 25 milhões de acções ordinárias do Banco Bradesco”, sendo que o “encaixe líquido da emissão será utilizado para as necessidades gerais de financiamento do Grupo BES”.
Esta não é a primeira vez que o BES recorre à participação accionista que detém no banco brasileiro para emitir dívida. Nesta altura, segundo o mesmo comunicado de hoje do BES, estão já emitidas no mercado obrigações no montante de 950 milhões de euros também permutáveis em acções do Bradesco, sendo que a maturidade é atingida no próximo ano. O BES acrescenta que “continuará a fazer uma gestão activa da sua dívida podendo, eventualmente, proceder à recompra adicional de Exchangeable Bonds 2013”.
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Quanto aos títulos que o banco vai hoje emitir, terão um cupão semestral de entre 3,00% a 3,50% ao ano e com um prémio de conversão de 18% a 23% sobre um preço de referência das acções do Bradesco.
O Citigroup, o Espírito Santo Investment Bank e a Morgan Stanley actuam como Joint Bookrunners da emissão.
A 31 de Outubro o BES foi o primeiro banco português a recorrer ao mercado de dívida desde que Portugal solicitou ajuda externa. Emitiu 750 milhões de euros, tendo pago um juro de 6%. Ontem também a CGD emitiu dívida no mercado internacional.
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