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Como é que uma grande gota incandescente, que antes foi areia, desce por um tubo metálico, negro e encardido para se tornar no copo por onde bebemos aquela cerveja do fim-de-tarde? "A maioria das pessoas não faz ideia de que o vidro vem da areia", comenta Sandra Saldanha, do gabinete de comunicação da Libbey Portugal (também conhecida como Crisal, o nome pelo qual respondia antes da compra pela empresa norte-americana), numa visita às instalações da fábrica. Mas é assim que acontece. Como num bolo, mais de dez elementos - entre o feldspato e a areia de sílica vinda do antigo mar que já ondulou em Rio Maior - misturam-se num grande silo para entrar num dos dois fornos da unidade. É por causa deles que os operários trabalham de manga curta e de tampões nos ouvidos.