| Certificados | Depósitos | Superdepósitos | Seguros | PPR | Fundos de investimento | Acções |
| Risco reduzido atrai investidores | Juros no nível mais alto desde 2001 | Retornos elevados em prazos curtos | Pensar e poupar a longo prazo | Vantagem fiscal mas baixo retorno | Produtos com a maior diversifidade de oferta | Retornos mais elevados no longo prazo |
Certificados
Depósitos
Superdepósitos
Seguros
PPR
Fundos de investimento
Acções
Risco reduzido atrai investidores
Juros no nível mais alto desde 2001
Retornos elevados em prazos curtos
Pensar e poupar a longo prazo
Vantagem fiscal mas baixo retorno
Produtos com a maior diversifidade de oferta
Retornos mais elevados no longo prazo
Certificados - Risco reduzido atrai investidores
As remunerações dos certificados de aforro são das menos atractivas entre os instrumentos financeiros disponíveis no mercado. Ainda assim, os retornos têm aumentado, reflectindo a evolução da taxas Euribor, às quais estes produtos estão indexados e, em parte, por isso têm atraído mais investidores. A taxa de juro bruta para as novas subscrições de certificados de aforro aumentou, em Outubro, para os 3,652%. Esta tendência de subida dos juros está a verificar-se desde Agosto de 2006. Este instrumento financeiro beneficia a permanência dos subscritores. Oprémio de permanência é 0,25%, no segundo semestre de capitalização, e aumenta 0,25% até aos 2%. Apesar de ser um dos instrumentos menos atractivos, em termos de retorno, goza de um risco baixo. Esta poderá ser uma das razões para haver mais de 700 mil portugueses a investirem em certificados de aforro no final de Setembro, de acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto deGestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP).
3,65% - Remuneração
Taxa de juro bruta fixada para Outubro.
Depósitos - Juros no nível mais alto desde 2001
A taxa de juro dos depósitos têm aumentado e atingiram, em Agosto, o nível mais elevado dos últimos seis anos. O retorno médio praticado pelas instituições financeiras em Portugal ascendeu aos 3,75%, um valor que já não se registava desde Agosto de 2001. A justificar esta evolução está, em parte, as oito subidas de juros realizadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e a aposta dos bancos neste tipo de instrumentos financeiros. Apesar da subida contínua dos juros dos depósitos, as instituições financeiras portuguesas são as que têm um dos retornos mais baixos entre os 13 países da Zona Euro e a taxa de juro de 3,75% está abaixo dos 3,93%, que corresponde à média da região. Com os juros a subir, as aplicações em depósitos também têm aumentado. O montante total de investimentos em depósitos e equiparados superou os 95,5 mil milhões de euros, em Agosto. Este é o valor mais elevado desde, pelo menos, Outubro de 1989, altura em que o Banco de Portugal começou a compilar estes números.
Superdepósitos - Retornos elevados em prazos curtos
Os bancos aproveitaram a subida de juros e a turbulência que assolou os mercados bolsistas (devido à crise de crédito dos EUA) para lançarem novos produtos e tentarem captar clientes. Os superdepósitos surgiram nos últimos meses. Estes produtos contam, muitas vezes, com taxas de juro de dois dígitos. Contudo, estas taxas nem sempre são reais e muitas vezes estes retornos são promocionais, que no final do prazo de subscrição descem para valores inferiores. Um depósito a um ano, com uma taxa promocional de 12%, pode pagar apenas 3,73%líquidos, por exemplo. Os bancos têm lançado vários produtos que se encaixam nestes “superdepósitos”, mas são os bancos “online” que mais apostam nos prazos curtos com retornos mais elevados. A DecoProteste alertou, recentemente, que este tipo de produtos é, geralmente, usado para captar novos clientes ou novos recursos para entrarem nos bancos. Contudo, a associação diz que estes são produtos a considerar no curto-prazo.
12% - Retorno
A remuneração líquida pode descer para 3,73%.
Seguros - Pensar e poupar a longo prazo
Tipicamente, os seguros vida eram adquiridos para obter benefícios num seguro automóvel ou para a sua casa. Objectivo? Manter os clientes com uma ligação à instituição seguradora. Mas nos últimos anos começaram a aparecer novos produtos desta classe com bons retornos e que são uma opção para quem tem aversão ao risco. Muitas seguradoras ou bancos vendem produtos estruturados de capital garantido, ou os novos “unit-linked”, como seguros vida. Esta classe de produtos tem a atractividade extra de conter vantagens fiscais. Não tantas como um PPR, mas suficientes para cativar investidores. Para uma manutenção superior a cinco anos, a Lei prevê que o IRS sobre o rendimento se reduza em 16%, enquanto que, para períodos superiores a oito anos, reduz-se para 8%. Quanto aos produtos, os mais aconselhados são os “unit-linked”: investem em fundos e, por isso, têm liquidez diária. Alguns fazem gestão dinâmica alterando a exposição ao risco e retorno consoante a idade e o objectivo do subscritor.
8% - Redução IRS
A partir do oitavo ano de permanência.
PPR - Vantagem fiscal mas baixo retorno
Os Planos Poupança Reforma são um dos instrumentos de aforro preferidos dos portugueses, dado o patrocínio fiscal concedido pelo Estado. É possível deduzir em sede de IRS e IRC 20% do investimento. Os limites da dedução variam entre 400 euros para investidores com menos de 35 anos, e 300 euros acima dos 50 anos. A grande novidade é que a partir do próximo ano será também possível subscrever PPR geridos pelo Estado, com a mesma mais-valia fiscal. No entanto, a gestão privada demonstra que raras vezes a vantagem fiscal é acompanhada por retornos tão positivos. A maioria dos PPR tem rentabilidades baixas, entre 1,5% e 5%. Mesmo nos PPR mais expostos às acções, cujo retorno médio do último ano situa-se nos 5,08%. Já os segundos PPR têm retornos médios até 3,5%, pois a maioria dá garantia de capital. Mas os PPR são também caros. Um estudo da DECO PROTESTE, divulgado anteontem, revela que as comissões chegam a ser 12 vezes superiores aos custos cobrados noutros produtos de investimento idênticos.
5% a 12 meses
Retorno médio mais alto dos PPR em um ano.
Fundos de investimento - Produtos com a maior diversifidade de oferta
Os fundos de investimento mobiliário são os produtos que oferecem maior opção de escolha aos seus subscritores. A Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) identifica 25 categorias distintas em termos de classes de activos, geografia ou risco. E ainda faltam os fundos de investimento imobiliário. Assim, um investidor acaba por ter muitas opções onde colocar o seu capital, podendo apostar em vários fundos ao mesmo tempo, tentando construir uma carteira adequada ao seu perfil de risco. Os fundos de obrigações e de tesouraria são os que expõem os seus investidores a menos risco, mas também são os que dão um menor retorno. Em média, os fundos de obrigações de taxa indexada ao euro, os mais requisitados, deram um retorno de 1,71% nos últimos 12 meses, de acordo com dados da APFIPP. Já a classe de fundos de poupança acções é a que dá, em média, o melhor retorno aos seus investidores. Com carteira semelhante aos fundos de acções nacionais, aumentam o seu retorno com os benefícios fiscais, pelo que, nos últimos 12 meses, “pagaram” 26,06%. O fundo com maior retorno em Portugal é o “Millennium Mercados Emergentes” com um retorno de 46,48% a 12 meses (ver gráfico em baixo). O investimento em mercados emergentes promete um óptimo retorno, mas é de alto risco.
Acções - Retornos mais elevados no longo prazo
O mercado accionista pregou alguns sustos aos investidores nos últimos meses, depois da crise de crédito dos EUA se ter instalado nos mercados bolsistas e ter provocado fortes quedas nos índices mundiais. Mas apesar destes sustos, os índices bolsistas continuam a registar valorizações desde o início do ano. E, regra geral, o mercado accionista remunera melhor os investidores do que instrumentos como os depósitos ou os certificados de aforro. Por outro lado tem uma componente de risco muito mais elevada, um factor que fez com que alguns investidores canalizassem os seus investimentos para produtos considerados mais seguros. Contudo, as rentabilidades destes últimos também costumam ser menores. O europeu DJ Stoxx 50, por exemplo, está a acumular mais de 4%desde o início de 2007 e nos quatro anos anteriores fechou sempre com valorizações. Apenas num ano teve uma subida inferior a 10%. Outro exemplo desta evolução é o próprio PSI-20 (o principal índice da bolsa de Lisboa), que desde o início do ano está a somar mais de 15%. Apesar dos investimentos em acções serem mais arriscados também remuneram melhor os investidores a longo prazo. A bolsa nacional, por exemplo, ofecere um retorno que chega a ser três vezes superior à rentabilidade dos certificados de aforro ou dos depósitos a prazo.
15% - Bolsa de Lisboa
PSI-20 com melhor rentabilidade que os depósitos.