Mudar de vida

Os mercados apresentam volatilidades violentas ao sabor das declarações mais ou menos felizes de um politico, de pacotes de salvação e de obras públicas canceladas ou anunciadas.

Como podemos nós reagir a este ambiente? Individual e colectivamente, o que não devemos fazer é negar os problemas. Ou hesitar na profundidade de análise dos problemas.

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Porque é na superficialidade com que determinados problemas são enfrentados que se perde credibilidade, e credibilidade hoje é um bem escasso. A superficialidade ou negação condena aquilo que se tenta proteger.

O caminho a fazer é mais duro que o habitual porque antes tínhamos a “anestesia” da erosão monetária para nos adormecer e acomodar as nossas ineficiências e desvios orçamentais.

Agora o caminho a fazer obriga-nos a fazer “orçamentos base 0”. Em vez de pegarmos no orçamento do ano anterior e aplicarmos crescimentos de 1% ou zero, podemos recriar os orçamentos de raiz, e perceber se podemos fazer as mesmas funções com menos recursos. Principalmente quando a disponibilidade de crédito, a procura, o consumo, se retraíram violentamente.

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Quando falamos em usar menos recursos gritam logo os sindicatos: “Este quer é aumentar o desemprego!”

Sim e não. Os recursos libertados podem ir trabalhar para áreas que têm falta de recursos, podem ser reconvertidos e devolvidos ao mercado de trabalho com maior produtividade, motivação, valor acrescentado. Manter recursos alocados a equações negativas é um luxo que ninguém nos dias de hoje pode suportar.

O que é que isto tem a ver com o imobiliário? Tudo. Porque tal como o Estado, o sector tem neste momentos recursos a mais, que têm que ser relocalizados, reconvertidos, repensados.

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O sector imobiliário é um sector base da economia. Consome uma grande fatia do crédito. Gera um grande número de empregos.

A capacidade que tenha de se reinventar, de mudar a equação económica, de encontrar novos modelos de negócio é crucial para todos nós.

Mas no meio de tudo isto quais são as boas noticias? Bem, as boas noticias é que o Mundo não acabou. Que há um mar imenso de ineficiências de que este país é prisioneiro que, se resolvidas, podem libertar muito recursos para gerar riqueza.

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E gerar riqueza, com projectos que gerem retornos efectivos e elevados, que ninguém tenha dúvida, é onde nos devemos concentrar.

Luís Rocha Antunes

Partner e Director de Investimento

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Cushman & Wakefield

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