Uma brisa fresca
Entre 2000 e 2002, quando os investidores assistiam ao desmoronar dos mercados e a um violento “Bear Market”, em Portugal uma acção registava máximos históricos: A Brisa. Dizia-se que era uma acção defensiva mas quando os mercados arrancaram para mais um “Bull Market”, a Brisa continuou a subir e deixou de lado esse epíteto.
Desde que entrou em Bolsa, em 1997, o título parecia imune aos maus ventos dos mercados. Soprava sempre uma Brisa forte que ia empurrando a acção para cima, no seu ritmo bem tranquilo. A Brisa era uma autêntica “máquina de fazer dinheiro”, dentro e fora dos mercados. Mas, 10 anos depois da sua estreia em Bolsa, a acção terminou o seu “Bull Market” que durava desde o dia da sua privatização.
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Em termos técnicos, depois de ter estado tantos anos de braço dado com os touros, apenas aderi ao clã dos ursos na Brisa em Junho do ano passado quando, além do importante suporte horizontal dos 8,85 euros, a acção quebrou também a Linha de Tendência ascendente de longo prazo que vinha suportando as subidas da acção nos últimos 5 anos. Era hora de sair do papel.
Os últimos meses têm sido de domínio claro dos ursos e, desde os máximos, a acção já perdeu cerca de metade do seu valor. O que me faria mudar esta postura pessimista que tenho tido em relação à acção nos últimos meses e me faria retornar ao clã dos touros da Brisa? Em termos de curto prazo, seria a quebra da resistência horizontal entre os 5,82 e os 5,92 euros. Caso isso aconteça, os touros passam a controlar a acção em termos de curto prazo.
Olhando para o médio e longo prazo, são precisos mais sinais de força dos touros para concluir que uma inversão está em marcha. Uma ruptura da forte resistência horizontal na zona dos 7,36 euros, faria com que despisse o meu fato de urso e me juntasse aos touros no cavalgar de um novo “Bull Market”. Essa zona de resistência tem marcado o fim de todos os ressaltos da acção e a sua ruptura, em alta, seria o sinal de que o pior já teria passado.
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Por agora, continua a soprar uma brisa fresca bem ao gosto dos ursos.
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