Num estado de direito, a administração da justiça e o poder de julgar cabe aos tribunais e realiza-se em nome do povo. Assim deveria ser para segurança e tranquilidade dos cidadãos. Mas a sucessão de factos dos últimos meses vem demonstrar que o poder judicial tem enorme dificuldade em cumprir a sua missão de forma credível e em tempo útil. Tudo isto a somar ao enorme desgaste dos poderes executivo e legislativo. A consequência é bem evidente. O “quarto poder”, o da comunicação social agora muito reforçado pelas redes sociais, tomou as rédeas da “administração” da justiça e é nele que reside o “poder” de julgar. De forma sumária, eficaz e sem quaisquer garantias de defesa por parte dos visados.