A independência dos bancos centrais é uma das causas centrais desta coluna. Porque é a melhor forma de defender a estabilidade monetária, isto é, manter a inflação num intervalo entre zero e os dois por cento: a política de taxas de juro deixa de estar sujeita aos ciclos eleitorais (governos que querem ser reeleitos tentar ter taxas de juro baixas). E porque os bancos centrais supervisionam o sistema financeiro. E é a independência que lhes permite estar a salvo de interferências do poder político e dos grupos de interesses. Veja-se o que se passou com o laxismo do Banco de Portugal em casos como o BPN e BES, que acabou da pior maneira… E veja-se a forma como o Governo PS quis correr com o anterior governador, Carlos Costa, antes de terminar o mandato.