O sonho do frentismo de esquerda (III) – de Durão Barroso a José Sócrates
Os anos de Sócrates não são fáceis para o frentismo da esquerda (e, em rigor, também não o são para o PSD, que, após Pedro Santana Lopes, entra no corrupio de lideranças partidárias – Luís Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite – que só iria ter alguma estabilidade com Pedro Passos Coelho, em 2010).
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A vitória de Durão Barroso, nas eleições legislativas de 2002, voltou a adiar o sonho do frentismo de esquerda. Ferro Rodrigues, herdeiro do sampaísmo e companheiro deste no MES (Movimento de Esquerda Socialista), não ganhou por pouco as eleições (40,2% para o PSD vs 37,7% para o PS). Se o tivesse feito, seriam poucos os que não acreditariam que o PS esboçaria um qualquer entendimento à sua esquerda para uma maioria absoluta. Quanto mais não fosse parlamentar. No final de contas, Ferro Rodrigues reclamava-se herdeiro político de Jorge Sampaio que, como vimos na semana passada, tinha o mérito improvável de ter conseguido juntar PS e a extrema-esquerda em Lisboa.
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