Luís Todo Bom 03 de Fevereiro de 2019 às 18:45

Carreiras fechadas, progressões automáticas, produtividade

Este ambiente, de inspiração Venezuelana, é devastador para os nossos jovens, que ingressam na administração pública com os ideais da juventude e que rapidamente se transformam nuns acomodados à situação vigente, com receio da mudança.

A produtividade, eficiência, assiduidade e qualidade de serviço, na administração pública portuguesa, são baixas.

 

PUB

As razões, ou mais correctamente, os incentivos, para esta situação, são fáceis de explicar.

 

Carreiras fechadas, criando situações de reserva de mercado de trabalho, garantido para toda a vida, sem possibilidade de competição externa.

PUB

 

Progressões automáticas, baseadas no tempo de serviço, sem qualquer avaliação credível, de mérito, empenho, esforço e resultados.

 

PUB

Taxas de absentismo elevadas, sem penalização relevante, para efeitos de carreira e promoções.

 

Está, assim, criado o caldo de cultura da ineficiência, desresponsabilização e mediocridade generalizadas.

PUB

 

Os protestos e reclamações em todas as carreiras da nossa administração pública seguem, todos, o mesmo padrão:

 

PUB

Exigência de mais funcionários, menos horas de trabalho, menos avaliação, maior automatismo nas promoções, baseadas exclusivamente no tempo de serviço, melhores salários.

 

Em grande número de situações, o "ratio" funcionários por utente é já o maior da Europa, e continua-se a exigir mais funcionários.

PUB

 

Aumentos salariais com redução da produtividade reduzem ainda mais a competitividade da nossa economia, pelo aumento descontrolado da despesa pública.

 

PUB

Este ambiente, de inspiração Venezuelana, é devastador para os nossos jovens, que ingressam na administração pública com os ideais da juventude e que rapidamente se transformam nuns acomodados à situação vigente, com receio da mudança.

 

O primeiro conselho que recebem dos mais velhos é no sentido de não fazerem ondas e de aceitarem esta ausência de avaliação e de progressão por mérito.

PUB

 

Numa altura em que as tecnologias digitais invadiram a nossa sociedade, em que flexibilidade e multifunções são necessidades prementes das organizações e em que a competição internacional aumentou exponencialmente, com novos "players" em todas as regiões do globo, este panorama público vai conduzir-nos a um empobrecimento constante, injusto e evitável.

 

PUB

É necessário alterar, estruturalmente, este paradigma.

 

Abrir as carreiras, tornando-as, cada vez mais, flexíveis e multidisciplinares.

PUB

 

Terminar com as progressões automáticas, regressando às progressões por mérito, com provas e exames curriculares, em que o tempo de serviço, com assiduidade elevada, dê direito, por si só, às diuturnidades.

 

PUB

Penalizar as taxas de absentismo elevadas, no âmbito das progressões salariais.

 

Se estas acções forem desenvolvidas, poderemos restabelecer a esperança dos nossos jovens, competentes e motivados, em carreiras dignas, bem remuneradas, respeitados pela sociedade face à prestação de serviços com uma qualidade de nível europeu.

PUB

 

Se a situação actual se mantiver e se aprofundar, seremos, cada vez mais, o país mais atrasado da Europa, com os nossos melhores jovens a emigrarem para países onde o mérito, empenho e competência sejam reconhecidos.

 

PUB

Gestor de Empresas

 

Artigo em conformidade com o antigo Acordo Ortográfico

PUB
Pub
Pub
Pub