É frequente dizer-se que estamos no tempo da igualdade e do empoderamento, e são inúmeras as políticas públicas destinadas a promover a representação das mulheres. Vinte e cinco anos depois da adoção da agenda Mulheres, Paz e Segurança (MPS) pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, poder-se-ia supor que a paridade de género na diplomacia, uma área histórica e estruturalmente masculinizada, fosse hoje menos problemática, dada a sua elevação a objetivo normativo nas instituições internacionais. Ainda assim, os resultados continuam aquém: enquanto todas as embaixadoras são diplomatas, nem todas as diplomatas se tornam embaixadoras.