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Energia, ambiente & sustentabilidade

Novas Estratégias à volta de temas centrais para o futuro do País e da Europa vão animar a "rentrée" em Lisboa. Pensar as novas energias e o ambiente como factores centrais duma nova sustentabilidade em que a participação dos cidadãos se assume numa lógica "colaborativa em rede" justifica a presença na capital portuguesa ...

Pensar as novas energias e o ambiente como factores centrais duma nova sustentabilidade em que a participação dos cidadãos se assume numa lógica "colaborativa em rede" justifica a presença na capital portuguesa de vozes fundamentais como Richard Branson e Nicolas Stern para uma conferência sobre "Inovação e Energias Renováveis". Também a Associação Portuguesa de Telecomunicações dinamiza a análise do papel das TIC no futuro da Energia e a nova Plataforma Construir Ideias discute o espaço em Portugal para o Nuclear. Novos diálogos em Setembro para construir o futuro.

A importância estratégica que a temática da energia e ambiente assume justifica uma participação activa da sociedade civil na discussão dos caminhos que se têm que definir daqui para a frente. Há claramente um sentido de urgência no envolvimento dos "actores operacionais" (Estado, universidades, centros I&D, empresas) na abordagem estruturada das opções que estão em cima da mesa na definição dos investimentos a realizar. A vinda de Stern a Lisboa afigura-se neste contexto muito oportuna: o emérito professor que há dois anos apresentou o polémico relatório sobre o impacto das alterações climáticas na Nova Ordem Global terá certamente uma mensagem de confiança para com os desafios que se colocam à economia e sociedade portuguesa nos próximos tempos.

Da mesma forma se revela actual a temática proposta em sede da APDC para analisar as ligações estratégicas de dois "enablers" de modernidade – energia e TIC. O objectivo de consolidação da Sociedade do Conhecimento em Portugal não se pode fazer por mero decreto e face à dimensão estratégica assumida pelos objectivos da sustentabilidade torna-se fundamental que o Estado, as universidades e os "players" empresariais na área das telecomunicações firmem um verdadeiro "pacto estratégico" sobre as parcerias a desenvolver para a implementação de plataformas em que os cidadãos se revelem nesta nova lógica participativa que cada vez mais é o Portugal 2.0.

A participação empreendedora da sociedade civil neste amplo movimento de reflexão estratégica sobre as novas temáticas para o futuro do País fecha o circuito. São boas as notícias que nos chegam quanto à oportunidade de afirmação da Plataforma Construir Ideias, na linha do capital de intervenção de prestigiados "think tanks", como é o caso do Policy Network ou do Bruegel, entre outros. Também aqui a actualidade estratégica da temática energética veio ao de cima, corporizada na discussão profunda sobre as questões suscitadas pela opção do nuclear como fonte energética alternativa em Portugal. Trata-se duma matéria polémica e a sua abordagem torna-se fundamental para sustentar opções que se venham a fazer daqui para a frente.

A construção duma sociedade da sustentabilidade é um desafio complexo e transversal a todos os actores e exige um capital de compromisso de colaboração entre todos. Em 2008, Portugal é já claramente um país da linha da frente em matéria de infra-estruturas de última geração na área das telecomunicações e da produção de novas fontes de energia. Assumir o desafio duma perspectiva estratégica de aposta num novo modelo de economia sustentável implica por isso saber dar resposta às solicitações das várias frentes e acima de tudo tomar de forma consciente opções sobre qual as melhores soluções a adoptar para o futuro.

A Estratégia de Lisboa em que assenta o compromisso para o futuro de Portugal e da Europa é um processo em permanente renovação. Assumir o desafio das melhores opções para Portugal numa Europa indefinida e num mundo global complexo passa por saber discutir as questões que estão em cima da mesa. Energia, ambiente & sustentabilidade definem uma agenda que tem que ser "agarrada" com sentido de futuro. Por isso, os "diálogos" que a partir de Setembro Lisboa vai acolher são um sinal de resposta ao desafio. Esperemos que os resultados correspondam às expectativas.

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