O mundo perdeu poder de compra
Em contexto de previsões de travagem do crescimento, as políticas públicas são expansionistas e, portanto, em nenhum sítio do mundo se pode chamar a isto austeridade!
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Há perda de poder de compra em muitos setores da sociedade portuguesa em 2022. Portugal não é um caso isolado. Segundo a OCDE a queda no valor real dos salários será de 4,5% em Espanha, de 6,9% na Grécia, de 3,1% na Itália, de 2,9% no Reino Unido ou de 2,6% na Alemanha. Mas, no caso português, verificou-se um esforço para proteger os mais desfavorecidos, designadamente com um orçamento com medidas de mitigação da inflação e depois com dois planos de intervenção que perfizeram mais de 3 000 milhões de euros (sem contar com o mecanismo Ibérico). Sobre isto, o boletim económico de outubro do BdP é claro: estas intervenções representam "…uma dimensão semelhante ao de outras economias da área do euro. No caso português, as medidas já anunciadas anulam quase na totalidade o impacto da redução dos apoios associados ao choque pandémico, o que não se verifica noutras economias."
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