Willem H. Buiter - Professor visitante de Assuntos Públicos e Internacionais na Universidade de Columbia.
13 de Janeiro de 2020 às 13:30
Quando os bancos centrais se tornam verdes
Em declarações recentes perante o Parlamento Europeu e os meios de comunicação social, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, indicou que os riscos climáticos são, sem dúvida, uma preocupação para a instituição que lidera, e sugeriu que a mitigação dos efeitos climáticos poderá vir a ser agregada como um objetivo de política monetária do banco central aquando da revisão em curso da estrutura de políticas do BCE.
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Confrontados com o problema das alterações climáticas, os bancos centrais enfrentam inúmeras questões. Devem os responsáveis de política monetária (e outros supervisores e reguladores financeiros) focar-se nas implicações que as alterações climáticas podem ter na estabilidade financeira? Devem tratar as alterações climáticas como uma potencial ameaça à sua capacidade de concretizarem os seus mandatos macroeconómicos de pleno emprego e/ou estabilidade dos preços? Será que a mitigação das consequências adversas das alterações climáticas deve tornar-se um objetivo explícito de política monetária?
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