A necessidade de taxas de juro profundamente negativas
Uma política de taxas de juro profundamente negativas nas economias avançadas seria também uma enorme bênção para as economias emergentes e em desenvolvimento, que têm sido fortemente penalizadas pela queda dos preços das matérias-primas, fuga de capitais, elevado endividamento e taxas de câmbio desfavoráveis, já para não falar do facto de estarem ainda em fases iniciais da pandemia.
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Aqueles que viam a aplicação de taxas de juro negativas por parte dos bancos centrais como um ponto muito distante talvez devam reconsiderar. Neste momento, nos Estados Unidos, a Reserva Federal – apoiada, implícita e explicitamente, pelo Departamento norte-americano do Tesouro – está em vias de garantir a quase totalidade do crédito privado, estadual e municipal no seio da economia. Muitos outros governos já se sentiram compelidos a tomar medidas semelhantes. Uma crise que ocorre apenas (esperemos) uma vez num século exige uma forte intervenção governamental, mas isso significa ter de prescindir dos mecanismos de alocação baseados no mercado?
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