A liberdade também passa por aqui
O ataque terrorista ao Charlie Hebdo, que provocou 12 mortos, saiu da esfera da emoção e entrou no domínio da política. O que se debate agora, em França, é a necessidade de dar mais poder à polícia e até de impor um "patriot act" à francesa, como defende a UMP, partido de Nicolas Sarkozy, antigo presidente francês. Esta necessidade de aumentar os níveis de segurança alastrou à União Europeia, onde o próprio acordo Schengen está a ser posto em causa.
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A força motriz deste debate é perigosa, porque em nome da liberdade mais não faz do que pretender restringir as liberdades individuais. Nos EUA, depois dos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001, aprovou-se um "patriot act", com a promessa de que seria temporário. Resultado, esta lei continua em vigor, permitindo que se investiguem chamadas telefónicas, emails e registos médicos e financeiros sem necessidade de um mandato judicial. O temporário tornou-se definitivo.
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