As pancadas de Molière
As reuniões do PS com a esquerda produzem o mesmo efeito das pancadas de Molière, anunciam aos portugueses o início do espetáculo de formação do governo e são um teste à capacidade de improvisação de António Costa.
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Os cinco encontros que António Costa manteve na quarta-feira com os partidos da oposição (PCP, Bloco, PEV, PAN e Livre) foram apenas as pancadas de Molière deste ciclo político. Serviram para indicar que o espetáculo de formação do governo vai começar e nada mais do que isso. Em matéria discursiva, cumpriu-se o previsível com o líder do PS, nos bastidores, a agitar o fantasma de um acordo com os bloquistas para pressionar os comunistas e pouco mais do que isso. António Costa, contudo, tem a consciência de que um acordo exclusivo com o BE seria prejudicial para o o seu governo e teria o condão de fazer soar os alarmes, tanto na classe empresarial como nos mercados.
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