A MTI – Ferro de Moncorvo quer avançar para a exploração das minas de ferro de Moncorvo. A empresa mineira portuguesa, que em 2008 assinou um acordo com o Estado para a prospecção da área, já pediu a celebração de um contrato de concessão de exploração da área de 4.624,5 hectares, de acordo com um comunicado emitido esta sexta-feira, 13 de Maio, pelo Ministério da Economia.

"Com a publicação deste aviso em Diário da Republica, por parte da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), esta entidade tutelada pelo Ministério da Economia, convida todos os interessados a apresentar reclamações fundamentadas, por escrito, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do aviso, a 6 de Maio", lê-se no mesmo documento.

Agora, depois da publicação do anúncio, a MTI e a DGEG vão negociar as condições contratuais para a exploração desta área, que se encontra localizada nas freguesias de Felgar e Souto da Velha, Felgueiras e Maçores, Mós, Carviçais, Larinho, Torre de Moncorvo e Açoreira, no concelho de Moncorvo, no distrito de Bragança.

Em 2008, a MTI – Ferro de Moncorvo formalizou um contrato de prospecção e pesquisa com o Estado português que termina no final de 2016.

Porém, a empresa mineira portuguesa, sediada em Bragança, decidiu, antes da conclusão deste prazo, avançar com o pedido de contrato de concessão de exploração mineira.

Em causa estão os estudos realizados pela empresa, que "apontam para a estabilização da produção anual de concentrados de ferro no oitavo ano de exploração, quando se prevê que seja atingida a capacidade máxima actual de escoamento (2.200 mil toneladas), destinada exclusivamente ao mercado internacional". Estes valores podem representar 0,2% do valor total das exportações nacionais e 0,07% do PIB.

A MTI – Ferro de Moncorvo detém os direitos de exploração da concessão das minas de ferro de Moncorvo, por um período de 60 anos.