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Os últimos meses foram ricos em relatórios que atestam os efeitos já presentes das alterações climáticas. A nível nacional, o último Relatório do Estado do Ambiente mostra que Portugal é um país cada vez mais quente e seco. O ano de 2020 foi o 4.º mais quente dos últimos 90 anos e o país sofre com a cada vez maior escassez de água, como foi visível neste inverno. Já a nível internacional, o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, sigla em inglês) concluiu duas análises globais em 2022, uma em fevereiro e outra em abril. O IPCC dá conta de que na região do Mediterrâneo, onde Portugal está inserido, a temperatura média já atingiu os 1,5º de tecto previsto no Acordo de Paris. E para esta região os modelos climáticos projetam um aquecimento consistente a taxas cerca de 20% acima das médias globais, chuvas reduzidas em 12% e subida do nível do mar. E as repercussões não são só ambientais. O Banco Central Europeu também já alertou que os países do Sul da Europa estão muito expostos às alterações climáticas, sendo Portugal o segundo país da Zona Euro cuja banca está mais exposta, o que pode levar a uma cascata de consequências económicas.