A Cimpor está a investir 350 milhões de euros em projetos no âmbito da descarbonização. O número foi avançado pelo diretor de co-processamento e energia da Cimpor na Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30.
Num painel dedicado à transição energética, Sandro Conceição enfatizou que esse é um esforço que engloba também a independência energética. O apagão veio reforçar a "lógica de alteração da matriz energética" da empresa, que procura ser o "mais autónoma possível da rede", estando a "desenvolver capacidades internas para não depender de outros".
Também convidado no painel, o CEO da Floene realçou outro aspeto da transição energética: "Portugal tem um grande potencial de produção de hidrogénio", disse Gabriel Sousa. A modernidade da rede é uma vantagem: o país "tem a rede de gás mais moderna da Europa", em que "95% do material é polietileno, compatível com hidrogénio", realçou o responsável, segundo o qual a companhia já tem "mais de 230 pedidos de ligação à rede" de hidrogénio verde e biometano.
Numa abordagem mais académica, Joana Portugal Pereira, professora universitária, sublinhou que nas empresas e no poder público, "o custo da inação é muito superior ao da ação".