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Presidente da Câmara de Almada: “É preciso uma nova travessia do Tejo e defender a ligação Trafaria-Algés”

Inês de Medeiros diz ainda que a travessia de Chelas é para o “trânsito pesado” e ligação da alta velocidade, não para a mobilidade dos dois centros urbanos. Pontualidade e regularidade são o que a população quer dos transportes públicos, garante.

08 de Maio de 2025 às 14:19
Pedro Ferreira
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Lisboa é uma das únicas capitais nacionais que se localiza à beira de um rio e que, inclusive, a atravessa. E com apenas duas travessias, a Presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, sublinha: é preciso uma nova travessia.

"Nós só convencemos a população a usar transportes públicos quando oferecermos uma rede de qualidade e que seja eficaz. Temos de desfazer esta espécie de ‘papão’ da terceira, quarta e quinta travessias. É claro que precisamos de uma nova travessia, temos de lutar por ela", afirmou, na 5.ª edição da conferência Negócios Sustentabilidade 2030, esta quinta-feira na Nova SBE.

A autarca relembra ainda a importância da ligação entre Algés e a Trafaria, que é preciso também defender. "Sobre isso não tenho a menor dúvida. É preciso uma ligação, onde inclusivamente o transporte público possa passar. Não vale a pena achar que os carros não podem passar; são os carros, autocarros, ambulâncias, etc. Temos de criar uma relação fluida", sublinhou. 

E uma terceira ponte, virá apenas à boleia do aeroporto? Ou era já urgente? "É tudo uma confusão, há um dramatismo português que nos está sempre a atrasar. Sim, precisamos de mais travessias, o Porto tem já seis pontes, faz sentido. Claro que é preciso mais pontes, túneis, o que seja e o que for mais sustentável", garantiu. 

Quanto à ligação entre Chelas e o Barreiro, a autarca explica que está é feita para "transportes pesados", assim como para ligar a alta velocidade, e não a pensar na mobilidade dos dois centros urbanos. E sublinha: "É preciso outra infraestrutura. Vamos ficar mais 50 anos à espera de uma ponte?".

Inês de Medeiros relembra que Almada é semelhante a Lisboa, já que ambas funcionam como um "município de passagem" e a nova travessia Algés-Trafaria traz novas vantagens, já que retira densidade destes municípios. "menos melodrama e mais racionalidade dão em bons investimentos", finaliza, acrescentando que agora é preciso planear. 

Como se resolve o problema dos acessos? Para Nuno Fideles, Head of Sustentability da Savillis Portugal, a solução passa por unir todos os municípios e "pensar como um todo". "Temos de fazer planos a longo prazo, de 10 e 15 anos, estruturado por todos" para que fiquem imunes a sucessivos Governos, explica. 

Na mesma linha de pensamento, Susana Castelo, CEO da Transportes, Inovação e Sistemas (TIS), o desenvolvimento do território faz-se a longo prazo, diz. "Andamos sempre atrás de fundos de financiamento europeu. Temos de parar e ver o que queremos fazer em termos de estratégia e mobilidade, e ninguém sai desta autoestrada, independentemente da cor política", considerou.

Nuno Fideles põe em cima da mesa uma ideia que Almada já tem em curso: questionar a população do porquê de não recorrerem ao transporte público. "As pessoas querem pontualidade e regularidade", reitera a autarca do município da Margem Sul, que garante que já obteve respostas por parte dos almadenses a este problema.

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