Sector do papel desliza na Europa. Altri afunda mais de 8% e Navigator cai mais de 3,5%
Dois bancos de investimento emitiram notas de análise onde reviram em baixa as suas avaliações para o sector do papel nos EUA. Em causa está a perspectiva de que o crescimento da capacidade de produção da indústria será superior ao aumento da procura, o que deverá pressionar os preços. Esta perspectiva está a arrastar todo o sector do papel na Europa. E as cotadas portuguesas não são excepção.
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A Altri é a empresa que mais desliza, recuando 8,21% para 8,05 euros, tendo chegado a afundar quase 10%, naquela que é a pior sessão bolsista para esta cotada nos últimos dois anos. Segue-se a Navigator, que perde 3,81% para 4,04 euros, e a Semapa, que recua 2,85% para 16,36 euros.
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Entre os principais "players" na Europa, as britânicas DS Smith e Mondi deslizam mais de 6%, assim como a Smurfit. Já a Stora Enso cai 4,5%. A International Paper é norte-americana, pelo que a negociação ainda não se iniciou. Ainda assim, no mercado alemão, as acções estão a cair menos de 2%. Entre estas cotadas, a Altri é assim a acção que mais cai esta sessão, contudo é também a que está a registar o melhor desempenho este ano, com os títulos a somarem mais de 50%. A segunda que mais aprecia é a Stora Enso, com um ganho que não chega aos 12%.
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A International Paper é norte-americana, pelo que a negociação ainda não se iniciou. Ainda assim, no mercado alemão, as acções estão a cair menos de 2%.
Entre estas cotadas, a Altri é assim a acção que mais cai esta sessão, contudo é também a que está a registar o melhor desempenho este ano, com os títulos a somarem mais de 50%. A segunda que mais aprecia é a Stora Enso, com um ganho que não chega aos 12%.
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A contribuir para este desempenho do sector está uma nota de análise do Goldman Sachs, que reduziu a sua avaliação da International Paper de 63 dólares por acção para 53 dólares. Esta nota foi publicada esta quarta-feira, 10 de Outubro, um dia depois da BMO Capital também ter revisto em baixa a recomendação para esta cotada.
A revisão do Goldman Sachs está relacionada com o facto de as suas novas estimativas apontarem para que o crescimento da oferta de papel e cartão para embalagens supere o aumento da procura nos EUA entre 2020 e 2022. Uma evolução que se se confirmar fará pressão sobre os preços e os lucros das empresas que actuam neste sector.
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O BMO também reviu a sua avaliação da indústria devido ao aumento da capacidade de produção do sector. Este banco de investimento considera que o aumento de capacidade poderá provocar uma "ressaca" no valor das acções do sector do papel nos próximos trimestres. O BMO reviu em baixa as avaliações da International Paper, da Packaging Corp e da WestRock.
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