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Em cada telemóvel, uma aplicação, um espião

O pesadelo da vigilância digital, que há muito pairava no ar, entrelaçou-se com a covid-19. Um pouco por todo o mundo, nascem aplicações que tentam rastrear quem está doente; empresas medem a temperatura dos trabalhadores. A fronteira entre o privado e o público está a desmoronar-se – mais uma vez. Portugal ainda não cedeu, mas a tentação está aí.

09 de Maio de 2020 às 11:00
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"O medo é um abre-latas formidável de direitos." No início de 2020, poucos portugueses aceitariam, de ânimo leve, instalar uma aplicação nos seus telemóveis, que permitisse a outrem saber com quem estiveram em contacto, por onde andaram e qual o seu estado de saúde. Ainda menos imaginariam ter alguém, na empresa em que trabalham, a medir-lhes a temperatura. "Seria uma violação dos dois direitos fundamentais: privacidade e anonimato", nota André Barata, filósofo e professor na Universidade da Beira Interior. O surto do novo coronavírus, porém, virou Portugal (e a Europa) do avesso.

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