“Estar vivo é também sentir. Todo ser vivo está vivo porque sente. E o grande perigo dos nossos dias é perder a capacidade de sentir. O foco excessivo na tecnologia pode ter um efeito nefasto na nossa sensibilidade. Mas sabemos que a tecnologia faz parte da humanidade - não podemos separar uma da outra”, diz o sociólogo francês Jean-Paul Thibaud, especialista em urbanismo e investigador no laboratório Cresson (centre de recherche sur l’espace sonore & l’environnement urbain), em Grenoble. Dedica-se sobretudo ao estudo dos ambientes sonoros - investigou, por exemplo, o som dos estaleiros de construção, observando como os operários utilizam o som no seu trabalho. Esteve em Lisboa numa conferência da Universidade Lusófona sobre a construção de lugares melhores para vivermos. E os melhores lugares são espaços com diversidade - e não paisagens únicas e homogéneas.