Dadá nasceu há um século. E contaminou para sempre a arte. Rejeitou a ideia de arte como mercadoria e elevou o estatuto da performance, redefinindo-a. E, com isso, criou uma herança que continua a ser partilhada por muitos dos mais relevantes artistas da actualidade. Foi uma fonte de agitação total: a arte deixou de ser um objecto que se colocava, para desfrutar, na parede. Passou a ser uma performance efémera, uma página de uma revista, um objecto encontrado numa esquina escura. Tornou-se um momento e um acontecimento. A utilização do poder do espectáculo e da sua força contundente para paralisar a percepção de quem vê, anulando qualquer reticência. Esta era a energia superior Dadá.