Nunca vi Portugal tão descrente. As pessoas olham e não vêem
É o homem da motricidade humana, da filosofia do futebol, aquela que serve de inspiração a José Mourinho. É um companheiro de conversa de Jorge Jesus. Um admirador de Rui Vitória. Para saber de futebol, é preciso saber mais do que futebol, diz quem foi dirigente no Belenenses durante 20 anos.
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Diz quem chegou a colaborar com o Benfica, ao lado de Jesus. Para Manuel Sérgio, o desporto não pode limitar-se a fazer bestas esplêndidas. Deve, sim, fazer bons homens. Não, nem sempre é isso que acontece. “Se o Marx vivesse hoje, diria que o desporto de alto rendimento é o ópio do povo”. Há bestas que são heróis. Falar de futebol é uma outra maneira de falar de religião, sobretudo em época de incertezas. “Nunca vi Portugal num estado de descrença como hoje”. Manuel Sérgio passou pelo território da política, liderou o Partido da Solidariedade Nacional, que ficou para a história como “o partido dos Reformados”. Foi a experiência menos feliz da sua vida, diz. Licenciou-se em Filosofia, doutorou-se em Motricidade Humana, escreveu 40 livros. Faz 80 anos no dia 20 de Abril.
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