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O imaginário de um mapa

Uma extraordinária exposição de cartografia antiga na Torre do Tombo dá-nos a oportunidade de explorar um saber e um imaginário únicos.

10 de Maio de 2014 às 10:03
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Infelizmente para o nosso conhecimento, mas especialmente para a nossa imaginação, temos tido poucas oportunidades nos últimos anos de percorrermos os trilhos, as paragens e os sonhos dos grandes cartógrafos do século 15 ao século 18. É verdadeiramente uma tragédia cultural, já que a cartografia foi sempre, e é ainda hoje, uma escola de saber, mas também uma escola de ensino do sonho. O saber vem do esforço intelectual quase desesperado dos cartógrafos da altura de "mapearem" todos os territórios descobertos e conquistados. O que os poderes da altura queriam, como querem hoje, era extinguir a "terra incógnita" e saber em detalhe o que possuíam. Assim, os atlas e os mapas são histórias visuais anotadas do que foram os poderes e os impérios. Mas, simultaneamente, a capacidade de ler um mapa antigo com autoridade poderá fazer muito pela nossa imaginação, como por mais de uma vez escreveu Calvino. Na verdade, o traço, a cor e as coordenadas dos cartógrafos tinham como objectivo eliminar o desconhecido, fosse ele um rio, um reino, um caminho ou um monstro.

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