Paragrafino Pescada agradece a Hermengardo o diagnóstico do seu padecimento
O vazio do cronista era imenso e motivado por razões tão profundas que só o taberneiro Hermengardo, mestre do divã nas horas vagas, foi capaz de identificar. Mete Chagas Freitas, Gustavo Santos, Luciana Sodré Costa Real e António Costa
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Esta semana consultei o Hermengardo, taberneiro à antiga e meu psicólogo nas horas vagas. Hermengardo, sinto um vazio. Queres uma sandes de coirato, Paragrafino? Não se trata de um vazio no estômago, meu amigo, é algo de mais etéreo… Então talvez um copo de tinto do Chaparral ajude. Tem 19 graus e dá cá uma estalada que até ressuscita os mortos. E tu estás com cara de quem precisa. O copo aceito, Hermengardo, mas o problema que me aflige é mais ao nível da psique. Sinto-me oco, uma tela em branco… Olé! Não me digas que andas a ler Pedro Chagas Freitas. Isso faz um mal do caraças! A Susana da farmácia consumiu o "M#rda! Amo-te" e ainda hoje anda a bater mal. A tal ponto que um destes dias dei por ela a colocar supositórios nos ouvidos porque dizia que estava a ouvir vozes. Não, meu prezado. Sabes que evito o Chagas desde que fui a um seminário do Gustavo Santos em que ele nos ofertou uma fórmula vencedora: a receita para a felicidade é o amor-próprio. Foi remédio santo.
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