pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Poderá não haver dinheiro para continuar a Companhia

Um projector antigo, poltronas de pele com rodinhas, uma bicicleta pasteleira, uma mala de cartão com um autocolante, verde desbotado, a dizer "Luanda". Quatro bailarinos. São 18 horas no 108 da Rua da Prata.

31 de Agosto de 2012 às 12:00
  • Partilhar artigo
  • ...

O ensaio termina, a casa acalma, os acessórios e adereços de espectáculos passam a mobília do dia. Olga Roriz acende um cigarro. Coreógrafa, bailarina, pessoa criativa da dança. No dia 12 de Outubro estreia o espectáculo "A Cidade", no Teatro Camões. Depois vêm três digressões. Depois não se sabe. A Companhia Olga Roriz pode parar.

O 108 da Rua da Prata, cedido pela companhia de seguros Tranquilidade, vai deixar de o ser. Há um novo espaço provisório possível, cedido pela autarquia lisboeta, o Palácio Pancas Palha, junto a Santa Apolónia, um edifício que está à venda. A arte está estrangulada.

Mas ela, Olga Roriz, 57 anos, aquela que nunca sonhou em ser bailarina porque sempre o foi, não é mulher para mostrar lágrimas.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio