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Primeira pessoa: Eu e o meu pai

Enquanto filha, tinha a noção de que o meu pai havia tido um papel importantíssimo mas, enquanto investigadora, sei que, por vezes, existem grandes "décalages" entre aquilo que as famílias pensam que aconteceu e aquilo que efectivamente aconteceu.

28 de Março de 2014 às 14:02
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Este é um projecto pessoal, ainda que eu tenha sido bastante empurrada pelos meus irmãos. A resistência tem dois óbices. Não tive receio de ser tendenciosa, mas receei, sim, que as pessoas que entrevistasse se vissem coagidas a dizer bem ou a não dizer aquilo que pensavam sobre o meu pai. Enquanto filha, tinha a noção de que o meu pai havia tido um papel importantíssimo mas, enquanto investigadora, sei que, por vezes, existem grandes "décalages" entre aquilo que as famílias pensam que aconteceu e aquilo que efectivamente aconteceu. Tive receio de estar a empolar algo que, se calhar, não merecia tanto empolamento. Mudei de opinião quando comecei a falar com pessoas, como João Cravinho, que me disseram que o meu pai tinha sido uma peça fundamental no processo de industrialização dos anos 50. Que tinha sido uma pessoa muito fora do comum e de grande visão. Comecei a recolher testemunhos e entusiasmei-me.

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