Sonia Jorge: “O acesso à internet é um direito universal”
As palavras e as siglas saem-lhe naturalmente em inglês americano e o seu nome aparece sempre sem acento. A portuguesa Sonia Jorge mora em Boston, onde lidera a Alliance for Affordable Internet (A4AI), coligação apadrinhada pela World Wide Web Foundation que advoga preços justos e uma internet de qualidade (e segura), sobretudo nos países de rendimento mais baixo. A pandemia acentuou as desigualdades no acesso aos meios digitais e cavou também o fosso entre os homens e as mulheres. Os prejuízos são sociais e também financeiros: na última década, o impacto da exclusão das mulheres do mundo digital traduziu-se numa perda de 1 bilião de dólares, aponta a A4AI
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Se a internet não fosse mais ou menos acessível em Portugal, talvez não estivesse a falar com Sonia Jorge, a portuguesa que lidera a Alliance for Affordable Internet (A4AI), organização da sociedade civil apadrinhada pela World Wide Web Foundation de Tim Berners-Lee. Lançada em 2013, tem como "missão" democratizar o acesso à internet nos países com rendimentos mais baixos, influenciando políticas públicas e práticas de regulação. A coligação conta com o apoio de dezenas de instituições públicas e privadas, da Google à Amazon, e produz um manancial de investigação própria. No seu relatório de 2021, refere que a pandemia acentuou as desigualdades no acesso ao mundo digital e evidenciou a disparidade de género, aponta Sonia Jorge, em entrevista por videochamada.
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