FMI tem dúvidas sobre a sustentabilidade do ajustamento externo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) não sabe se os ganhos conseguidos na frente externa serão mantidos assim que a economia portuguesa recuperar, revelam os documentos da sétima avaliação do programa de ajustamento.
Nuno Aguiar 13 de Junho de 2013 às 16:00

O FMI explica que as melhorias da competitividade externa de Portugal continuam “limitadas”. A redução dos custos laborais foi até agora alcançada através dos cortes nos salários dos funcionários públicos e que o crescimento da produtividade se deve aos despedimentos e aumento do desemprego. “Continua a ser pouco claro se os ganhos conseguidos até à data serão suficientes para garantir que o ajustamento externo resiste assim que a economia recuperar”, referem os técnicos do Fundo.

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Num capítulo dedicado a avaliar as reformas estruturais e as melhorias na competitividade externa, o FMI deixa elogios à correcção conseguida no défice externo, lembrando que o indicador passou de 10% do PIB em 2010 para menos de 2% em 2012, que as exportações representaram 60% do ajustamento externo entre 2009 e 2012 e que a balança comercial foi positiva por um período de 12 meses pela primeira vez desde a II Guerra Mundial. No entanto, aponta que o comportamento das exportações “pode ter sido inflacionado pela contínua contracção das importações”.

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Numa avaliação preliminar, o Fundo conclui que o progresso foi até agora “limitado” nessa frente, mas que pode estar a ser influenciado por vários factores: as reformas estruturais demoram tempo a dar frutos, algumas delas ainda não foram implementadas e que a forte compressão da procura interna e o elevados custos de financiamento das empresas estão a bloquear os resultados das reformas estruturais.

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