Incerteza sobre rendimentos vai manter elevada a poupança
Com a crise, os portugueses compreenderam a necessidade de não viver de salário em salário. Poupar tornou-se uma "obrigação" para muitas famílias. Grande parte delas implementou essa regra no seu dia-a-dia, beneficiando da redução dos encargos com o crédito à habitação (que tem um grande peso nas despesas totais). Com os sinais positivos na economia, a confiança voltou. Com ela o consumo, ou seja, mais gastos. A poupança encolheu.
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"A poupança depende sempre de dois factores: o rendimento disponível, mas também da confiança. O aumento da poupança que tivemos foi explicado pela diminuição da confiança", diz Filipe Garcia, economista da IMF. De acordo com os dados do INE, a taxa de poupança das famílias portuguesas atingiu um pico no segundo trimestre do ano passado, nos 13,5% do rendimento disponível. Veio de um mínimo de 5,9%. Em 2011 estava em 10,6%.
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