BE diz que pandemia mostrou que SNS é que salva e rejeita cartilha da austeridade

O deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira afirmou no Parlamento que "aprendemos que em situações de emergência de saúde pública é o nosso SNS que nos salva e protege" e não "os privados que fazem da saúde uma mercadoria".
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Lusa 25 de Abril de 2020 às 12:18

O Bloco de Esquerda (BE) considerou este sábado que Portugal aprendeu com a pandemia que é o Serviço Nacional de Saúde que "salva e protege" as pessoas e que os profissionais de saúde são imprescindíveis, rejeitando o desenterrar da "velha cartilha" da austeridade.

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Na sessão solene comemorativa do 46.º aniversário do 25 de Abril de 1974, na Assembleia da República, em Lisboa, o BE voltou a colocar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no centro do seu discurso - tal como aconteceu, aliás, nos últimos dois anos - destacando que "a crise sanitária mostrou como a saúde é um bem público".

Foi precisamente o deputado responsável pela área da saúde, Moisés Ferreira, que fez a intervenção pelos bloquistas - começando por "lembrar todas as pessoas que sucumbiram ao novo coronavírus" - num 25 de Abril que considerou ser "diferente no modo, mas ainda mais importante no significado".

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"Hoje podemos confirmar que Abril é que combate a epidemia, não é a epidemia que combate Abril", enfatizou.

Na perspetiva do BE, da atual crise devido à covid-19 já se podem tirar algumas lições, com as quais Moisés Ferreira antecipou que o país vai responder "aos que começam a espreitar a oportunidade de desenterrar a velha cartilha da austeridade".

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"Aprendemos que em situações de emergência de saúde pública é o nosso SNS - aquele que é público, universal, geral e gratuito - que nos salva e protege. Não são os privados que fazem da saúde uma mercadoria, os que fecharam portas ou que viam na epidemia mais uma oportunidade de negócio", enalteceu, defendendo por isso que um SNS forte "é necessário ao país".

Segundo o deputado do BE, para quem ainda não soubesse em Portugal, ficou claro que "todos os profissionais de saúde são imprescindíveis" e que, por isso mesmo, "nunca mais podem ser tidos como gorduras do Estado e nunca mais devem ser forçados a emigrar" já que "não são precarizáveis nem descartáveis".

"Aprendemos que é no Estado que devem estar as funções essenciais e os setores estratégicos. Que se assim não for a nossa capacidade de resposta, enquanto país, ficará diminuída e a nossa população desprotegida", reiterou.

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Para Moisés Ferreira, à crise económica provocada pela pandemia é preciso "responder com o espírito de Abril", ou seja, "solidariedade e proteção do emprego, justiça e proteção dos rendimentos de quem menos tem e igualdade e intensificação dos direitos fundamentais".

Hoje, sublinhou o bloquista, não são lembrados e homenageados "somente os corajosos capitães que há 46 anos, pela madrugada, libertaram o país e fizeram nascer o dia claro e inteiro", mas sim "também todos os trabalhadores para quem essa madrugada transformadora se fez".

"Os da saúde, da indústria, da distribuição, do comércio, entre tantos outros, que enfrentam a epidemia, todos os dias, para fazer funcionar o país. A todos muito devemos e muito agradecemos", elogiou.

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Apesar de o país viver sob um estado de emergência, o único da história democrática, o deputado bloquista deixou claro que este "não suspende a democracia nem serve para atacar direitos e liberdades conquistadas" uma vez que "a pandemia não descontinuou a Constituição nem cerra as portas que Abril abriu".

Moisés Ferreira terminou o seu discurso convocando "a inquietação de que falava José Mário Branco" e considerou que este é o momento de mostrar que o Dia da Liberdade "não ficou em suspenso nem ficou adiado".

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