Centeno diz que não sabe até onde podem subir as taxas de juro
Depois de mais uma subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defende que não combater a inflação não é uma opção para o BCE.
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Questionado sobre até onde podem chegar os juros, Centeno disse que "é muito difícil dizer qual é o valor mais elevado deste ciclo em termos das taxas de juro".
"Manter a inflação elevada teria um custo recessivo ainda maior", alertou em entrevista ao Público esta quinta-feira.
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Ou seja, mesmo que sejam, em parte, justificadas pela guerra, o governador defende que a alternativa de manter taxas de inflação elevadas, teria um "custo recessivo maior" do que aquele que o aumento das taxas de juro provoca.
Perante as acusações do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que, com a sua política, a autoridade monetária pode estar apenas a causar uma recessão, Mário Centeno, o único português presente nas reuniões do conselho de governadores do banco central, rejeitou reagir às críticas.
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No entanto, na mesma entrevista disse também que "a maior parte da subida das taxas de juro por parte do BCE já pode ter ficado para trás" e pede às empresas e aos Estados para ajudarem na tarefa, com contenção nas margens de lucro e uma política orçamental moderada.
"O combate à inflação não é um exclusivo dos bancos centrais", afirma, avisando que, de outro modo, as subidas das taxas de juro terão de ser ainda maiores.
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